
O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) encaminhou um ofício ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, solticitando apuração da conduta do advogado Frederick Wassef, que defende o presidente Jair Bolsonaro e seu filho, Flávio, após a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz.
Queiroz foi preso na manhã desta quinta-feira (18), na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo. A casa em que foi encontrado pertence a Wassef. Segundo as investigações, Queiroz estava a cerca de um ano no local.
Em ao menos duas ocasiões, Wassef negou saber do paradeiro do ex-assessor de Flávio, que é investigado no esquema de “rachadinhas” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) – o esquema consiste no retorno de parte dos salários dos servidores para os deputados. Na época, Flávio era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
Queiroz foi preso no âmbito da Operação Anjo da Polícia Civil de São Paulo. No ofício, Contarato cita possíveis infrações ao Estatuto da Advogacia e ao código de ética dos advogados.
“Ao mentir publicamente sobre o paradeiro de cidadão que sabia onde se encontrava, bem como potencialmente contribuir para o embaraço às investigações – situação que será devidamente apurada na instância cabível – houve clara infração aos dispositivos apontados”, diz o documento.
Para Contarato, a conduta de Wassef viola “os preceitos que regem a advocacia”.
1. Peço, agora, em ofício ao Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, providências para a apuração de potencial infração ética e possível responsabilização de Frederick Wassef por ter ocultado informações sobre o investigado Queiroz.
— Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) June 18, 2020