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Um profissional de saúde vacina uma mulher como parte do início da campanha sazonal de vacinação contra a gripe em Beccar, nos arredores de Buenos Aires, na Argentina, em 17 de junho — Foto: Agustin Marcarian/Reuters
Um profissional de saúde vacina uma mulher como parte do início da campanha sazonal de vacinação contra a gripe em Beccar, nos arredores de Buenos Aires, na Argentina, em 17 de junho — Foto: Agustin Marcarian/Reuters
Com a chegada do inverno na América do Sul, autoridades de saúde e médicos estão intensificando programas de vacinação para impedir um possível pico de gripe sazonal que poderia sobrecarregar hospitais já pressionados pela pandemia de coronavírus.
Somada aos isolamentos regionais, a iniciativa de vacinação vem ajudando a manter em baixa os índices de doença respiratória sazonal em meio ao aumento dos casos de Covid-19, de acordo com médicos e dados recentes dos governos.
Profissionais e autoridades de saúde de Argentina, Chile e Uruguai disseram que os esforços para conter a gripe sazonal foram essenciais para amparar os hospitais regionais agora que a América Latina está na linha de frente da batalha global contra a Covid-19.
Sublinhando a importância da questão, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) disse que um aumento de casos de gripe sazonal ameaça piorar uma situação já ruim para sistemas de saúde no limite.

Uma criança e sua avó usam máscaras faciais enquanto seguram os braços depois de receber uma vacina como parte do início da campanha sazonal de vacinação contra a gripe em Santiago, no Chile, em 16 de março — Foto: Ivan Alvarado/Reuters
Uma criança e sua avó usam máscaras faciais enquanto seguram os braços depois de receber uma vacina como parte do início da campanha sazonal de vacinação contra a gripe em Santiago, no Chile, em 16 de março — Foto: Ivan Alvarado/Reuters
“Sabemos que, em muitos países da América Latina e do Caribe, a curva epidemiológica ainda está crescendo acentuadamente”, disse a Opas em comentários escritos à Reuters. “Isto significa que amanhã mais pessoas estão doentes do que ontem”.
Em Buenos Aires, que concentra a grande maioria dos casos de coronavírus da Argentina, autoridades converteram igrejas, escolas e creches em 82 postos de vacinação contra gripe. Agentes de saúde também realizam visitas domésticas para minimizar as multidões nos hospitais.
“Isso nos ajudará a evitar o colapso do sistema de saúde”, disse a doutora Vanina Miguel, especialista argentina em doenças infecciosas.
As autoridades de saúde do governo esperam que o aumento da conscientização da necessidade de lavar as mãos por causa do coronavírus e o uso obrigatório de máscaras ajudem a diminuir o contágio de gripe.
“(As medidas) ajudam a evitar outras doenças respiratórias, e é por isso que esperamos menos casos da gripe neste ano”, disse Daniel Ferrante, subsecretário de planejamento de saúde do Ministério da Saúde da cidade de Buenos Aires.
O Brasil iniciou sua campanha de vacinação contra gripe cedo, mas foi obrigado a prorrogá-la até o final de junho por não ter cumprido a meta de vacinação de grupos prioritários.
Líderes regionais alertaram para a chegada do inverno, dizendo que o coronavírus pode complicar a temporada de gripe habitual devido à semelhança dos sintomas, como a tosse.