
Entregadores de aplicativos iniciaram a greve marcada para esta quarta-feira (1) com um protesto na Marginal Pinheiros, em São Paulo.
Cerca de 500 motoboys se reuniram na sede do Sindicato dos Mensageiros Motociclistas do Estado de São Paulo (Sindimoto), na região do Brooklin, e saíram em comboio em direção ao centro da cidade.
Segundo estimativas do sindicato, o grupo já tinha 1 mil motociclistas quando chegou à Rua da Consolação, por volta das 11h, onde os manifestantes planejam um ato no Tribunal Regional do Trabalho. Eles ainda planejam um protesto na Avenida Paulista às 16h.
A greve dos entregadores de aplicativos está marcada há semanas. As principais reivindicações dos trabalhadores são o aumento do repasse de valores das empresas por serviço e a criação de um seguro saúde em caso de acidente.
Em entrevista à Jovem Pan, um motoboy, que não quis se identificar temendo represálias, diz que a vida dos entregadores ficou ainda mais difícil com a pandemia da Covid-19.
O vice-presidente de logística do iFood diz que as plataformas de entregas são um novo modelo de negócio, que elas estão se desenvolvendo e se aperfeiçoando com o passar dos anos. Roberto Gandolfo afirma que a empresa apoia manifestações democráticas e promete acatar algumas reivindicações da classe.
O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Percival Maricato, diz que essa paralisação vai também impactar os serviços dos restaurantes.