Jundiapeba é o bairro com mais casos de Covid-19 em Mogi, aponta levantamento; cardiopatia foi a comorbidade mais identificada em óbitos

Bairro havia registrado 185 casos até a última segunda-feira (27), seguido por Nova Jundiapeba e Mogi Moderno, cada um com 150 casos. Cardiopatia foi identificada em 48,5% das vítimas fatais. Prefeitura divulgou levantamento de casos por bairros e distritos
Ney Sarmento/Prefeitura de Mogi
Um novo mapeamento elaborado pela Prefeitura de Mogi das Cruzes aponta que Jundiapeba é o bairro com o maior número de casos positivos de Covid-19 na cidade, com 185 casos e nove registros de óbitos, o que representa um índice de letalidade de 5%.
Na sequência, vêm os bairros Nova Jundiapeba e Mogi Moderno, cada um com 150 casos. Nova Jundiapeba registrou 13 óbitos, e o Mogi Moderno, oito, representando índices de letalidade de 9% e de 5%, respectivamente.
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O Mogilar é o bairro que aparece em terceiro lugar no levantamento, com 140 casos positivos da doença e nove óbitos (6% de letalidade). De acordo com a Prefeitura, outros oito bairros registraram 100 ou mais casos de coronavírus: Alto Ipiranga (135), Vila Oliveira (132), Vila Cintra (128), Jardim Universo (127), Centro (126), Cezar de Souza (122), Socorro (107) e Jardim Aeroporto (100).
Já no levantamento distrital, o distrito Sede, o maior da cidade e que engloba toda a região central de Mogi, com um total de 37 bairros, foi o que registrou maior número de casos: 1.679.
Em seguida, vêm os distritos de Brás Cubas, com 770 casos em 19 bairros, Jundiapeba (445 casos em 9 bairros), Cezar de Souza (405 casos 9 bairros), Alto Parateí (94 casos em 11 bairros), Taboão (52 casos em 6 bairros), Taiaçupeba (21 casos em 3 bairros), Biritiba Ussu (20 casos em 4 bairros), Sabaúna (20 casos em 2 bairros), Cocuera (13 casos em 2 bairros) e Quatinga (12 casos em 4 bairros).
O levantamento da Prefeitura leva em consideração os dados registrados até o dia 27 de julho e os endereços declarados pelos pacientes, embora não seja possível saber onde ocorreram os contágios, motivo pelo qual os cuidados preventivos devem ser mantidos como rotina, sobretudo o distanciamento social, o uso de máscara e a higienização das mãos.
Desde o início da pandemia, Mogi das Cruzes registrou 20.530 notificações suspeitas de Covid-19, sendo que 4.027 casos foram confirmados e 1.791 esperam por resultados de exames. Os demais foram descartados, negativos ou dispensados de coleta. Entre os casos confirmados, 2.382 pacientes já receberam alta ou foram curados, enquanto 242 foram a óbito.
De acordo com a Prefeitura, o levantamento da Fundação Seade mostrou ainda que a maioria dos pacientes que faleceram em virtude da doença apresentavam algum tipo de comorbidade. A principal delas é a cardiopatia, identificada em 48,5% dos casos de vítimas fatais, seguida da diabetes, com 34,6%.
A terceira comorbidade mais identificada entre os mogianos que faleceram em decorrência da Covid-19 foi a doença renal (9,3%), seguida da doença neurológica (4,2%). Outros problemas de saúde verificados entre os óbitos foram doença hepática (2,1%), obesidade (2,1%), pneumopatia (1,7%), imunodepressão (1,7%) e asma (1,3%).
“Mogi das Cruzes elaborou precocemente uma estrutura hospitalar adequada para evitar o colapso no sistema de saúde, mas ainda não entramos no processo de diminuição dos casos, o que exige prevenção”, disse o secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel.
A Prefeitura de Mogi informou também que todos os casos são monitorados pela Vigilância Epidemiológica, cuja equipe técnica atualiza informações diárias sobre os pacientes internados. Existe também um grupo de profissionais que realiza ligações para as pessoas que estão cumprindo a quarentena em casa com objetivo de observar eventuais sintomas e orientar sobre as medidas que devem ser tomadas.
O detalhamento completo de casos de Covid-19 por bairros e distritos em Mogi das Cruzes pode ser conferido no site da Prefeitura. Abaixo, veja os bairros com mais registros de casos no município.
Bairros de Mogi com mais casos de Covid-19
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