Chamamento selecionou empresa que ficará responsável pela elaboração do anteprojeto, necessário para futuro processo de licitação. Obras de modernização da Estação Mogi das Cruzes foram prometidas em 2012 e, até o ano passado, não havia previsão de início. Estação da CPTM de Mogi das Cruzes
Maiara Barbosa/G1
A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) publicou no Diário Oficial desta terça-feira (18) o resultado do chamamento público para o fornecimento de um anteprojeto para a reforma e ampliação de três estações da Linha 11-Coral em Mogi das Cruzes. Uma empresa foi selecionada para apresentar o documento, que será utilizado em um futuro processo de licitação.
As estações que devem integrar o anteprojeto são as de Jundiapeba, Estudantes, além da Mogi das Cruzes, para a qual, em 2012, o Governo do Estado de São Paulo prometeu a realização de obras de modernização. Até o começo do ano passado, o trabalho seguia em projeto, mas sem previsão de início.
De acordo com a CPTM, a única empresa escolhida por meio do chamamento foi a FH1 – Participações e Empreendimentos Imobiliários LTDA., com a responsabilidade técnica de Ciro Pirondi Arquitetos Associados S/S LTDA., que cumpriu todos os requisitos estipulados pela CPTM. Outras três estavam aptas a apresentar os documentos, mas, segundo a estatal, não o fizeram no período estipulado e foram eliminadas do processo.
O anteprojeto apresentado poderá ser utilizado parcial ou totalmente para o futuro processo de licitação de concessão para exploração comercial das três estações para a iniciativa privada. O edital deve ser publicado até o final de 2020. De acordo com a Companhia, a FH1 ainda poderá participar do processo de licitação amplo junto a outras concorrentes.
Estação Mogi das Cruzes
O projeto de modernização da Estação Mogi das Cruzes da CPTM existe desde 2013, quando técnicos da Prefeitura e da Companhia concluíram o estudo de construção da nova estação, que incluía ainda a abertura dos túneis no Complexo Viário Jornalista Tirreno Da San Biagio, etapa já entregue pela administração municipal.
Após questionamento do G1, em 2019, a CPTM informou que desde 2014 aguardava recursos prometidos pelo Governo Federal, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade, para a reconstrução da Estação Mogi das Cruzes, e somente em dezembro de 2016, a União descartou o envio da verba.
Neste meio tempo, o Ministério Público recomendou a acessibilidade nas estações da companhia. Diante da negativa do Governo Federal sobre o repasse, a CPTM iniciou as obras de acessibilidade nas estações do Alto Tietê, com a implantação de itens como rampas, piso tátil e sanitário exclusivo para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Entre as promessas para a modernização, estava a implantação de um novo prédio com arquitetura moderna, infraestrutura de ponta, deslocado entre 60 e 150 metros a oeste da estação atual, para ser interligada ao Terminal Central por meio de uma passarela, além de um bicicletário.
Também estava prevista a construção de uma plataforma central com 190 metros de extensão e mezanino superior. Além disso, o projeto contemplaria assentos na plataforma, banheiros públicos comuns e sanitários exclusivos para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, escadas rolantes e outros itens de acessibilidade.