Altas temperaturas e tempo seco aumentam a demanda por água envasada em Mogi

Produtor e lojistas já registram aumento na procura por água e acreditam que ele deve ser maior no verão. Calor aumenta venda de água em Mogi das Cruzes
O calor intenso registrado no Alto Tietê refletiu no comércio de água na região. Em uma fonte de água mineral, no distrito de Quatinga, em Mogi das Cruzes, a produção só cresce, assim como os pedidos nas revendedoras.
O movimento na loja de Marcio Augusto, no Jardim Armênia, tem aumentado. O carregamento com água chega e o motoboy sai para entregar.
No início da pandemia, o cenário era outro. As vendas despencaram, mas nas últimas semanas aumentou e muito, até mais do que comparado com o mesmo período do ano passado, devido o tempo seco. “A procura tem aumentado na faixa de 40% e com picos de até 50%”, diz o lojista.
Grande parte das vendas é feita por telefone. O Marcio conta que o estoque de quase 300 garrafões de 20 litros é vendido em no máximo dois dias.
Como o calorão que deve continuar, a expectativa é aumentar mais a procura, e olha que o verão ainda nem chegou.
“Tem um movimento de verão que a gente não teve no verão passado. No verão de 2013, 2014 teve um clima parecido com este. Até que os reservatórios estavam em baixa. Parece que está voltando aquela época”, diz Marcio.
Se as vendas vão bem, a fonte dos negócios, a água, não deve ser diferente. Seguindo a tradição de muitas fontes de água mineral do país, uma no distrito de Quatinga também tem nome religioso. A fonte Santa Rosa, uma das três da empresa que há quase três décadas abastece os mercados e restaurantes do Alto tietê, capital, Grande ABC e litoral norte.
Apesar do longo período de calor e seca que a região enfrenta, no caso da fonte, não tem perigo de faltar água porque, segundo a bióloga Patrícia Lemos, embaixo passa um grande lençol freático. O que parece pedra comum, na verdade é o quartzo, que funciona como um grande filtro natural que garante a qualidade da água.
“Mantém a água pura e é dele que a água mineral faz como se fosse uma lixa, que ela absolve dessa rocha os minerais que a gente vê na classificação da água”, explica.
A bióloga é responsável pelo controle de qualidade e conta que a pandemia não afetou muito o ritmo da produção, e as vendas aumentaram em agosto e setembro se comparado ao mesmo período do ano passado.
“Em setembro, nós já conseguimos recuperar 4% das vendas, e isso superou as nossas expectativas. Nós não estávamos esperando”, conta Patrícia.
Se o verão seguir essa tendência de muito calor, a máquina que envasa cerca de seis mil garrafas de meio litro por hora, vai precisar aumentar a produção, e o número de empregados da empresa também.
“O normal já seria a partir de setembro, outubro, as contratações. Este ano, possivelmente, teremos uma demanda maior de contratações. Nós já estamos nos programando e, com certeza, vai ser com tudo neste verão. Água não pode faltar” , destaca Patrícia.

By Midia ABC

Veja Também!