Último registro mais alto foi em 2009, quando volume de chuvas ficou em 62,2 mm. Índice deste ano aponta crescimento de 440% na comparação com 2019. Represa do Rio Jundiaí, em Mogi das Cruzes
Alessandro Batata/ TV Diário
Agosto de 2020 foi o que registrou o maior volume de chuva nas represas do Sistema Produtor Alto Tietê (Sipat) em comparação com o mesmo mês em 11 anos. Ao todo, foram 52,4 milímetros de pluviometria nos cinco reservatórios da região. O sistema opera com 65,2% da capacidade.
De acordo com os dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a última vez em que o volume de chuva ficou tão alto foi em 2009, quando a pluviometria chegou a 62,2 mm. Nos anos seguintes, o maior índice foi de 46,1 milímetros, em agosto de 2017.
Volume de chuva nas represas do Alto Tietê é 24% menor do que a média história nos primeiros sete meses de 2020
O índice registrado no oitavo mês deste ano é superior à média para o período, que é de 36,3 milímetros de chuva. O número também é cinco vezes maior do que o total acumulado em 2019, quando agosto encerrou com 9,7 mm de chuva.
Esse foi o quarto mês de 2020 em que a média histórica foi superada. Em agosto, a pluviometria do mês também superou o mês de julho, que registrou apenas 11,8 milímetros.
Sistema Alto Tietê
O Sistema Alto Tietê abastece mais de 5 milhões de pessoas e é composto pelo conjunto de mananciais e represas: Ponte Nova, Paraitinga, Biritiba, Jundiaí, Taiaçupeba. O Sipat atende as regiões da Zona Leste da Capital, Itaquaquecetuba, Arujá, Mogi das Cruzes, Poá, Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Mauá e parte de Guarulhos.
A operação do Sistema Alto Tietê começou em 1992. Com a demanda crescente da população, ele foi ampliado e, além das represas de Taiaçupeba e Jundiaí, passou a ser composto também pelos reservatórios de Paraitinga, Ponte Nova e Biritiba.
A interligação entre as barragens é realizada por meio de túneis, canais e estações elevatórias. Além do abastecimento público, o Sistema Alto Tietê ainda atende ao controle de cheias da região, pois armazena grande quantidade das águas provenientes das chuvas ocorridas em suas cabeceiras.
Agosto de 2020 termina como o mais chuvoso em 11 anos nas represas do Alto Tietê
