Dados do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e da Unicamp apontam precipitação acima do esperado devido a dia atípico em meio ao período de estiagem. Fim do inverno deve ser seco, mas com frentes frias. Agosto teve dias nublados e de chuvas pontuais
Arquivo pessoal
As chuvas registradas no mês de agosto em Campinas (SP) superaram a média histórica para o mês. Dados do Instituto Agronômico (IAC) até o dia 31 apontam 54,3mm de precipitação acumulada, quase 23mm acima do esperado, de acordo com o Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp.
Meteorologista do centro, Ana Ávila destaca o dia 18, que foi atípico em meio ao período tradicionalmente de estiagem. Naquela data, foram registrados 35,8mm, volume que superou a média de agosto, de 31,4mm.
“Agosto teve chuvas irregulares. […] E temperatura mínima média de 13,6ºC e máxima de 26ºC.”, ressalta Ana.
Em 17 de agosto, a metrópole teve pouca chuva, mas foi um alívio para os moradores após ao menos um mês sem nenhuma precipitação. Agosto também chamou a atenção pelos dias seguidos de umidade abaixo de 20%, deixando a cidade em estado de alerta.
No entanto, em relação às temperaturas, não houve recorde de frio. A massa polar que afetou boa parte do país, e chegou a provocar neve em alguns estados, não foi sentida de maneira tão intensa no interior de SP.
Moradores de Campinas se protegem da chuva em 17 de agosto; cidade não tinha precipitações há ao menos um mês
Reprodução/EPTV
Fim do inverno
As próximas semanas são as últimas do inverno, e a meteorologista afirma que o tempo deve continuar seco, mas com variações na temperatura por conta de frentes frias. Nada que fuja ao esperado para o período que antecede a chegada da primavera.
“Nesses próximos 15 dias, a gente vai ficar com o tempo um pouco mais seco. Até teremos a passagem de algumas frentes frias, algumas variações na temperatura, mas essas frentes frias vão provocar só mudanças e possibilidade de chuvas no litoral, nada que atinja a nossa região aqui.”, explica Ana Ávila.
As temperaturas devem subir durante o dia conforme a proximidade com a primavera. “Cada vez mais, esse retorno das chuvas está acontecendo mais tarde. As chances de chuvas mais volumosas acontecem mais para outubro e novembro. Isso é uma situação de normalidade.”
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