A renda básica criada pelos vereadores destina R$ 100 por mês, durante três meses, a moradores carentes da cidade cadastrados em programas sociais. O candidato do PSDB à reeleição também declarou que pretende diversificar a oferta de abrigos para atrair as pessoas em situação de vulnerabilidade social na capital paulista. Bruno Covas (PSDB) durante vista nesta sexta-feira (23) ao Hospital Integrado de Santo Amara, na Zona Sul de São Paulo.
Walace Lara/TV Globo
O prefeito Bruno Covas, candidato à reeleição pelo PSDB, disse nesta sexta-feira (23), durante agenda de campanha, que pretende pagar a renda básica emergencial aprovada nesta quinta-feira (22) pela Câmara Municipal de São Paulo ainda em outubro.
“Vamos verificar a possibilidade de começar ainda em outubro. A ideia é complementar a queda que vai ter do auxílio emergencial do Governo Federal. A perspectiva é pagar outubro, novembro e dezembro. Aguardamos o projeto na prefeitura para verificar com a maior brevidade possível”, afirmou Covas.
A proposta de renda básica emergencial aprovada em SP destina R$ 100 por mês, durante três meses, a moradores carentes da cidade cadastrados em programas sociais como o Bolsa Família, ou a vendedores ambulantes cadastrados na prefeitura.
A estimativa da Câmara Municipal é que 1,3 milhão de pessoas sejam beneficiadas pelo programa. A despesa para o município será de cerca de R$ 300 milhões com o projeto, segundo os vereadores.
“Os recursos vão sair do orçamento da Prefeitura. A gente tem hoje recursos disponíveis, fizemos isso antes de ser aprovado o projeto na Câmara”, afirmou Covas.
Bruno Covas (PSDB) durante agenda de campanha nesta sexta-feira (23) em São Paulo.
Walace Lara/TV Globo
Vereadores de SP aprovam em segundo turno projeto que cria renda básica emergencial na capital paulista
Apesar da promessa do prefeito, a vereador Fernando Holiday (Patriota), que é candidato a reeleição, ingressou com uma representação no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra o projeto aprovado por maioria na Câmara Municipal, considerando que a proposta teria fins eleitoreiros do tipo “compra de votos” e afetaria a disputa em 15 de novembro.
Por causa da representação, o promotor Fábio Bechara enviou um pedido de informações para a Câmara, pedindo esclarecimentos sobre o projeto de renda básica emergencial.
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Visita a hospital
O candidato do PSDB começou o dia tomando café numa padaria em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, onde foi abordado por simpatizantes que o aconselharam a manter uma linha popular.
Depois, o tucano visitou as instalações do Hospital Municipal Integrado de Santo Amaro. O equipamento começará a ser entregue a partir de novembro desse ano, segundo Bruno Covas.
“É um equipamento que vai atender a população da Zona Sul da cidade. A UPA que nós temos aqui, cada dia mais, vem ampliando a quantidade de atendimentos. E vai ser importante porque nós vamos ter o total de 60 mil atendimentos por mês em pleno funcionamento do hospital. O investimento feito aqui é de R$ 5 milhões. O custeio mensal, que nós teremos logo no começo aqui com esses quatro andares, é um custeio de sete milhões de reais, e nós vamos investir ainda mais R$ 6 milhões pra poder terminar os outros andares. E quando o hospital estiver em pleno funcionamento, nós vamos ter um custeio de R$ 17 milhões por mês”, disse o candidato do PSDB.
Como último compromisso de campanha do dia, Bruno Covas almoçou em um Centro de Acolhida Especial para idosos. O prédio foi alugado pela Prefeitura de SP e tem capacidade para 207 pessoas, tendo atualmente 111 idosos.
O equipamento social fica no Centro de São Paulo onde, segundo a Prefeitura, existem mais de 11 mil pessoas em situação de rua. Desse total, 3.455 estão acolhidos e 7593 dormem nas ruas.
O candidato disse que pretende, se for reeleito, diversificar a oferta de abrigos para atrair as pessoas em situação de vulnerabilidade social.
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