Câmara Municipal rejeita abertura de CP para investigar denúncia contra o prefeito de Presidente Prudente

Decisão foi tomada pelos vereadores em votação, nesta segunda-feira (15), pelo placar de 7 a 5. O prefeito de Presidente Prudente, Nelson Roberto Bugalho (PSDB)
Stephanie Fonseca/G1
A Câmara Municipal de Presidente Prudente rejeitou em sessão ordinária nesta segunda-feira (15) a criação de uma Comissão Processante (CP) para investigar uma denúncia de supostas irregularidades administrativas cometidas pelo prefeito Nelson Roberto Bugalho (PSDB).
A denúncia foi protocolada na última quarta-feira (10) no Poder Legislativo pelo cidadão Luis Fernando Pinheiro Gesse, pedindo a abertura de uma CP contra o prefeito.
Foram sete votos contrários ao recebimento da denúncia e cinco favoráveis à instauração da CP. O presidente da Câmara, vereador Demerson Dias (PSB), não precisou votar, porque não houve empate, mas anunciou publicamente na sessão ordinária que, se precisasse tomar um posicionamento, se manifestaria a favor da abertura da CP.
Votaram contra a abertura da CP os vereadores:
Alba Lucena Fernandes Gandia (DEM);
Elza Alves Pereira e Pereira (PSDB);
José Geraldo de Souza (PTB);
José Retali Tabosa (MDB);
Rogério Rufinio Galindo Campos (PSDB);
Wellington de Souza Neves (MDB); e
William César Leite (MDB).
Votaram a favor da criação da CP os vereadores:
Adão Batista da Silva (PSB);
Anderson Dias da Silva (PSB);
Enio Luiz Tenório Perrone (DEM);
Izaque José da Silva (Patriota); e
Mauro Marques das Neves (PODE).
Com o resultado da votação, concluída no início da noite desta segunda-feira (15), o requerimento foi arquivado pela Câmara Municipal.
O denunciante apontou uma série de situações que, segundo ele, seriam suficientes para a instauração da CP e, em consequência, a possível cassação do mandato do prefeito pelos vereadores.
Entre as situações citadas pelo denunciante, estavam a retirada e a construção no mesmo local da ciclovia da zona norte; nomeações de cargos comissionados; atraso de salário dos servidores; uso indevido da imagem dos servidores em campanha publicitária; utilização da máquina para propaganda de empresa particular; falta de providências nas enchentes do Parque do Povo, mesmo com decisão judicial; demora na implantação do programa Bom Prato, prometido para fevereiro deste ano e não finalizado, mesmo após ação judicial da Defensoria Pública do Estado de São Paulo; gasto exacerbado com publicidade; fechamento de escolas e falta de segurança nas mesmas, com descumprimento de lei municipal para a implantação de câmeras de monitoramento; inauguração de obras com problemas estruturais, como as piscinas do Centro Olímpico e a escola do Parque Alexandrina; constantes epidemias de dengue, com mortes; atraso na entrega do Abrigo de Animais; problemas no transporte coletivo urbano; e o abandono do bairro Terras de Imoplan.
“É público e notório que a cidade de Presidente Prudente vive em tese um colapso total, notadamente no que concerne a administração pública do Poder Executivo municipal”, disse o denunciante.
Vereadores de Presidente Prudente se reuniram nesta segunda-feira (15)
Murilo Zara/TV Fronteira
“O chefe do Poder Executivo, senhor Nelson Roberto Bugalho, vem demonstrando uma possível perda do controle do comando e das execuções de atribuições de atividades básicas, deixando de promover em tese o bem-estar dos seus habitantes, que deveria ser a função do prefeito”, afirmou Gesse.
Segundo ele, “a atual administração não só perdeu a confiança da população, mas também a fez perder a esperança de estar em melhores mãos. Colocando assim em dúvida a capacidade administrativa e a habilidade de representar o senso comum no administrador”.
“Diante de tantos fatos apontados, resta cristalino que [o] prefeito Nelson Roberto Bugalho, nestes três anos de mandato, só mostrou que em tese não está devidamente capacitado para ocupar cargo de grande responsabilidade!”, enfatizou o autor da denúncia.
Vereadores de Presidente Prudente se reuniram nesta segunda-feira (15)
Murilo Zara/TV Fronteira
Secretários municipais acompanharam a sessão nesta segunda-feira (15)
Murilo Zara/TV Fronteira
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