Campinas coleta 377,6 toneladas de lixo a mais em áreas de acesso limitado durante a quarentena


De acordo com o levantamento da Secretaria de Serviços Públicos, a coleta mecanizada registrou queda no mesmo período. Campinas coleta 377,68 toneladas de lixo a mais em áreas de difícil acesso na quarentena
A coleta de resíduos em bairros de acesso limitado teve um aumento de 377,6 toneladas no período de abril a julho em Campinas (SP), de acordo com um levantamento da Secretaria de Serviços Públicos enviado à EPTV, afiliada da TV Globo. Os dados também mostram uma redução na coleta mecanizada, sobretudo nas áreas com bares e restaurantes.
Segundo a pasta, o crescimento na produção de resíduos é motivado pelo fato de os moradores passarem mais tempo em casa e receberam mais doações de alimentos durante a pandemia do novo coronavírus. O balanço mostra que foram coletadas 2.512,24 toneladas de lixo durante os quatro meses, enquanto o mesmo período do ano passado registrou 2.134,56 toneladas. Confira os valores abaixo.
“Nessas áreas, a maioria das pessoas foram afetadas pela perda de emprego e de salário, mas essa pandemia despertou nas pessoas a questão humanitária. Então, houve muita doação para que essas camadas mais carentes pudessem, no mínimo, ter alimentação, e isso elevou o consumo”, relata o secretário de Serviços Públicos, Ernesto Paulella.
Só em julho, foram recolhidas 664,35 toneladas, o que representa uma alta de 17,45% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entretanto, o mês com o maior índice foi junho, quando a variação chegou a 25,15%.
Coleta mecanizada
Em contrapartida, a coleta mecanizada, que é realizada a partir do recolhimento dos resíduos em contêineres verdes estacionados, registrou baixa durante o período da quarentena com o fechamento dos estabelecimentos comerciais.
Este tipo de coleta é efetuada em bairros como o Centro, o Taquaral, o Cambuí e no distrito de Barão Geraldo. Segundo o levantamento, a maior redução aconteceu em abril, com 32%.
Coleta mecanizada registra redução durante pandemia, em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
De acordo com o secretário, a cidade coleta, em média, 1,3 mil toneladas de lixo por dia. Contudo, houve uma queda geral de 15% durante a pandemia.
“É um indicador econômico-social, sem sombras de dúvida. A partir do momento que a questão econômica cresce, melhora a condição social, as pessoas consomem mais e geram mais lixo. E o inverso é verdadeiro. A economia recua, as pessoas deixam de consumir e geram menos lixo”, finaliza.
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By Midia ABC

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