Entrada da unidade tinha sido ocupada por funcionários em paralisação. Local funciona com capacidade reduzida e greve da categoria chega ao 2º dia nesta quarta-feira (19), diz sindicato. O Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas de Ribeirão Preto (SP) voltou a despachar e a receber caminhões nesta quarta-feira (19).
A entrada e a saída dos veículos da unidade na Rua Antônio Fernandes Figueroao, no bairro Lagoinha, tinha sido bloqueada na terça-feira (18) por funcionários que entraram em greve contra a privatização da empresa, e para reclamar do corte de benefícios e das condições de trabalho na pandemia da Covid-19.
Por determinação de uma liminar da Justiça do Trabalho de Ribeirão Preto, os grevistas desocuparam a entrada da central ainda na noite de terça-feira (18), segundo a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios (Sintect-RPO), Fernanda Romano.
No entanto, a unidade, que chega a processar 500 mil encomendas por dia para 92 cidades, de acordo com a entidade, funciona com capacidade reduzida em função da paralisação, que chega ao segundo dia, de acordo com a representante da categoria.
Funcionários dos Correios ocupam a frente de centro de triagem dos Correios na zona leste de Ribeirão Preto
Divulgação/ Sintect-RPO
O sindicato estima uma adesão de 80% dos funcionários do setor operacional no primeiro dia de paralisação, com serviços afetados em agências e centros de distribuição de várias cidades da regional.
Em Ribeirão Preto, os empregados se concentram nesta quarta-feira no centro de entregas de encomendas (CEE) do Jardim Candido Portinari.
O G1 aguarda um posicionamento atualizado dos Correios. Em nota enviada na terça-feira, a empresa informou que não pretende suprimir direitos dos trabalhadores e que propõe ajustes para garantir a sustentabilidade financeira resguardando os vencimentos dos funcionários.
A liminar
No pedido encaminhado à Justiça do Trabalho, os Correios alegaram terem sido vítimas de turbação – ou seja, foram impedidos de terem acesso ao que pertence a eles – com o bloqueio no centro de triagem.
Além disso, alegaram que isso poderia causar prejuízos no atendimento ao público e nas finanças da instituição, já que a unidade concentra todas as encomendas da região antes de elas serem redistribuídas.
O juiz da 1ª Vara do Trabalho, Fabio Natali Costa, acatou o pedido e decidiu com tutela de urgência que os funcionários em greve desbloqueassem o acesso ao centro de triagem sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
O magistrado também ponderou que o serviço postal é considerado essencial, inclusive no contexto da pandemia.
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Centro de triagem dos Correios em Ribeirão Preto é desbloqueado por grevistas após liminar
