Criminoso na lista dos mais procurados do Brasil vendia limão e frequentava cultos antes de ser preso

Luciano Castro de Oliveira, o ‘Zequinha’, foi preso com a esposa em um sítio em Tejupá (SP). Com atuação criminosa na América do Sul, ele era procurado por crimes contra o patrimônio, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Luciano Castro de Oliveira, o ‘Zequinha’, foi preso junto com a esposa em um sítio em Tejupá (SP)
Polícia Civil/Divulgação
Apontado como um dos criminosos mais procurados do Brasil, Luciano Castro de Oliveira, o “Zequinha”, levava uma vida pacata: vendia limão e frequentava cultos de uma igreja evangélica, segundo a Polícia Civil. Ele foi preso na manhã de quinta-feira (17), no sítio onde morava com a mulher, em Tejupá (SP).
“Zequinha”, que era chamado de “irmão João” na cidade, figurava na lista de foragidos do Ministério da Justiça.
Um dos criminosos mais procurados pela Justiça é preso durante operação em Tejupá
Segundo o órgão, Luciano estava foragido há pelo menos 15 anos por crimes contra o patrimônio, organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de uso de documento falsificado, formação de quadrilha, latrocínio, extorsão e sequestro.
Ele agia em todos os estados do país e também no Mercosul. Somadas as condenações, são 51 anos e quatro meses de prisão, além de dois mandados de prisão preventiva.
Procurado em lista do Ministério da Justiça é preso em Tejupá (SP)
Polícia Civil/Divulgação
Segundo a polícia, Zequinha morava há aproximadamente quatro anos no sítio que fica no bairro rural Nova Piraju.
Ele foi preso com a esposa, de 42 anos, após cinco meses de investigação e durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.
Dinheiro foi encontrado em pé de mesa de sítio em Tejupá (SP) onde Luciano Castro de Oliveira, o ‘Zequinha’, foi encontrado e preso
Polícia Militar/Divulgação
Os policiais encontraram R$ 10 mil dentro do pé de uma mesa e R$ 8 mil estavam em uma panela. Além do dinheiro, três celulares e um notebook foram achados e passarão por perícia. Documentos falsificados com o nome de João Luciano Vitorino de Lima também foram apreendidos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), foi realizado um esquema estratégico que envolveu equipes da Força Tática, Polícia Militar, Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Avaré, além da Polícia Ambiental e o efetivo especializado do Comando de Policiamento do Interior, com apoio de drone e cães farejadores.
Zequinha foi preso em um sítio em Tejupá
Polícia Militar/Divulgação
Crimes
Procurado em lista nacional do Ministério da Justiça é preso em Tejupá
Ministério da Justiça/Reprodução
Zequinha foi condenado por roubo a banco em 1992, na cidade de Campinas (SP), além de porte ilegal de arma, uso de documento falso, formação de quadrilha, latrocínio, extorsão e sequestro. Foi libertado em 1994, por indulto presidencial.
Ainda segundo a polícia, em 2005 foi preso mais uma vez por formação de quadrilha, quando estava cavando um túnel para assaltar um banco em São Paulo.
Em 2006 foi investigado por ser suspeito de tentar furtar um banco, em Assunção, capital do Paraguai, mais uma vez usando um túnel.
Ele ainda é suspeito de coordenar, em 2017, o ataque a um carro-forte em Itupeva. O criminoso foi condenado a 30 anos de prisão, além de ter uma mandado de prisão preventiva.
Zequinha foi preso em um sítio em Tejupá
Polícia Militar/Divulgação
Lista de procurados
De acordo com o Ministério da Justiça, a Lista de Procurados Nacional divulga chefes de facções criminosas com atuação no Brasil e, eventualmente, em outros países.
Na lista de procurados está Wellington da Silva Braga, o Ecko, apontado pela polícia como chefe da chamada Liga da Justiça, considerada a maior milícia do Rio, que explora o controle de postos de combustíveis, transporte irregular e até a extração de saibro, e o Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, que estava foragido havia 20 anos e foi preso em Moçambique, considerado um dos chefes de uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios.
O serviço de divulgação do ministério tem como premissas identificar e divulgar criminosos com mandado de prisão aguardando cumprimento, envolvimento em crimes graves e violentos, participação direta ou indireta em organização criminosa, entre outros delitos.
Denúncias podem ser feitas pelo Disque-Denúncia, número 190, das secretarias de Segurança Pública dos estados.
Zequinha foi preso em um sítio em Tejupá (SP)
Polícia Militar/Divulgação
Zequinha foi preso em um sítio em Tejupá (SP)
Polícia Militar/Divulgação
*Com informações de Beatriz Buosi/TV TEM
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