Grupo faz visita virtual a casa de repouso do Alto Tietê para minimizar isolamento durante a pandemia


ONG Canto Cidadão atua há 18 anos visitando hospitais, casas de idosos, lares para crianças e escolas. Objetivo é proporcionar alegria e afeto. Grupo faz visitas on-line para alegar idosos
Para algumas pessoas, se distrair e esquecer a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) tem sido um desafio. É o que acontece, por exemplo, com os idosos que vivem nas casas de repouso e que, por pertencerem ao grupo de risco, ficaram sem a visita dos familiares nesse período.
No entanto, há quem se preocupe com esse cenário e busque alternativas para diminuir a solidão. No Alto Tietê, voluntários do grupo Canto Cidadão têm realizado visitas virtuais para garantir um pouco de alegria e afeto aos idosos, mesmo sem contato físico.
São mais de 200 voluntários em todo o país. Há 18 anos eles levam arte a hospitais, casas de idosos, lares pra crianças e escolas. O objetivo é alegrar a vida de muita gente com acolhimento e bom humor.
Em 2019 o grupo de voluntários interagiu com cerca de 70 mil pessoas em centenas de instituições espalhadas pelo país. Porém, durante a pandemia eles tiveram que se reinventar para manter os trabalhos respeitando o distanciamento social.
Foi aí que surgiu a ideia de receber esse respeitável público em uma sala virtual, como conta o diretor-fundador da ONG, Felipe Mello.
“Como fazer um bom encontro neste novo formato segue a mesma fórmula, conversar com a pessoa, se interessar pela história da pessoa, entender que o lugar do outro deve ser celebrado e quando as partes entendem que o seu lugar e o lugar do outro estão sendo celebrados”.
“Quando as partes entendem que seu lugar e o lugar do outro estão sendo celebrados, as portas se abrem para a gente criar um encontro inédito, que nunca mais vai acontecer, mas pode ser incrível no momento em que durar”, completa.
O encontro em uma casa de repouso em Mogi das Cruzes foi realmente incrível. Os idosos não estão acostumados com a tecnologia. Começaram bem acanhados, mas logo foram se soltando e interagindo. O aposentado Eliseu Antonio Perez, por exemplo, ficou até emocionado.
“Todo mundo se diverte, canta. A gente se distrai, abre o coração”, afirma o idoso.
Grupo Canto Cidadão atua há 18 anos com visitas a hospitais, escolas, lares para crianças e casas de idosos
Reprodução/TV Diário
Distanciamento social não precisa significar distanciamento emocional. A casa tem tentado buscar novas atividades para atravessar esse período tão delicado, relata a proprietária Bianca Martins Pereira.
“Está há muito tempo sem visita aqui já. A gente está liberando agora, aos poucos, um familiar por dia. Durante muito tempo, durante toda essa pandemia, era só a gente. Agora que a gente está começando a ver outras pessoas. Acho que a melhor forma de a gente interagir nesse momento é virtual”, completa.
Os personagens doutor Raviolli Bem-te-vi, a doutora Sabiácaramele e o maestro Wilson deram um show de solidariedade nessa missão que, por enquanto, segue pela internet.
“Dá voltar e de oferecer um apoio nesse espaço de confiança, nesse espaço de esperança, nesse espaço de cidadania que são os hospitais. Certamente a gente não vê a hora de voltar, mas só voltaremos quando a gente tiver a informação de pessoas especialistas de que é seguro, especialmente para os pacientes, profissionais da saúde e nosso elenco também”, afirma Felipe.
“Enquanto isso, vamos promovendo bons encontros, on-line, se reinventando”, conclui o diretor.
Mais informações sobre o trabalho da ONG Canto Cidadão podem ser consultadas pela internet.

By Midia ABC

Veja Também!