Da região central até a periferia de São Paulo, muitos empresários não resistiram ao período da quarentena e tiveram que fechar as portas. 71 mil pessoas perderam o emprego no comércio por conta da pandemia
Segundo o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, desde março deste ano, quando a quarentena feita para evitar o contágio do coronavírus começou, cerca de 71 mil funcionários foram demitidos no comércio da capital.
Da região central até a periferia de São Paulo, muitos empresários não resistiram ao período da quarentena e tiveram que fechar as portas.
Apesar disso, em alguns pontos da cidade, como na Zona Leste, parece que a rotina começa a voltar ao normal na principal avenida do comércio de São Mateus, mesmo com tantos estabelecimentos de portas fechadas e com placas de aluga-se.
“Nós tivemos várias lojas, não dá pra precisar exatamente mas na avenida fecharam muitos comércios, tanto loja quanto prestadores de serviços que não suportaram ficar 90 dias com suas atividades interrompidas”, disse Marcelo Doria, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Mateus.
A Rua Oscar Freire sempre foi conhecida pela ostentação, lojas caras , grifes famosas, quem vinha de fora visitar a capital paulista sempre dava um jeito de passar por aqui. Agora por causa da pandemia sem os turistas e com a queda no movimento algumas lojas estão vazias e nas vitrines só cartaz de aluga-se.
No setor imobiliário a saída foi renegociar o aluguel. “O que aconteceu: marcas que já não estavam a todo vapor a 100% resolveram encerrar as operações, é lógico, tem o peso do aluguel, tem mudanças de estratégias das marcas, algumas atendem muito online e não necessariamente precisam estar na Oscar Freire”, disse Adriano Gomes, proprietário de imobiliária.
Para Rosângela Lyra, presidente da Associação Comercial de Jardins e Itaim, o pior já passou.
“Estamos começando a nos soltar de uma forma geral, tanto pra restaurante tando pro comércio. Acho que hoje as pessoas vão em busca do básico, a gente ficou quatro meses praticamente sem comprar nada e sem sair à rua, acho que essa é a questão. Mais do que ir atrás de consumo, ir atrás de passear, viver, vivenciar e se sentir viva”, disse ela.
O Largo 13, na Zona Sul, o comércio voltou e até provocou aglomeração em porta de lanchonete. Nas lojas os funcionários mediam a temperatura para garantir a segurança sanitária dos clientes.
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Mais de 70 mil pessoas perderam o emprego no comércio por conta da pandemia em SP, diz sindicato
