Chamas começaram na tarde de quarta-feira (9) e foram controladas somente na noite de sábado (12). Fogo atingiu a área de vegetação do antigo IPA em Rio Preto
Reprodução/TV TEM
O Ministério Público (SP) instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias do incêndio de grandes proporções que atingiu a área do antigo Instituto Penal Agrícola (IPA) de São José do Rio Preto (SP).
De acordo com o promotor de Justiça Sérgio Clementino, os responsáveis pela fiscalização da região serão notificados para prestarem esclarecimentos em até 15 dias úteis.
Incêndio na área do antigo IPA em Rio Preto é controlado
As chamas começaram na tarde de quarta-feira (9) e se alastraram rapidamente por conta do vento e da vegetação seca. Equipes trabalharam ininterruptamente e conseguiram controlá-las somente na noite de sábado (12).
Segundo a Polícia Ambiental, o fogo consumiu 93% dos 168,9 hectares da Estação Ecológica e 73% dos 277 hectares da Floresta do Noroeste Paulista. Ao todo, 500 hectares foram queimados, área equivalente a 500 campos de futebol.
Animais foram flagrados fugindo das chamas. Uma jabuti foi resgatado por uma equipe da TV TEM que cobria o incêndio. Ele foi levado para um local seguro pelos bombeiros.
Comitê avalia danos
Integrantes do Comitê Gestor de Prevenção e Combate às Queimadas se reuniram na tarde desta segunda-feira (14) para discussão dos danos causados pelo incêndio.
Segundo a prefeitura, o grupo avaliou que, apesar da extensão dos estragos, a atuação conjunta das entidades envolvidas foi fundamental para que o fogo não consumisse toda a área verde, que possui aproximadamente 750 hectares.
Além disso, os profissionais concluíram que o vento forte foi determinante para a progressão das chamas. “A força do vento fez o fogo sobrepor a avenida Abelardo Menezes e, com isso, atingir os dois lados da via”, afirma o coordenador da Defesa Civil de Rio Preto, coronel Carlos Lamin.
Chamas atingem antiga região do IPA em Rio Preto
Arquivo Pessoal
Também foram definidas prioridades para os próximos anos em relação ao trabalho realizado pelo Comitê. Uma das propostas é a criação de uma base fixa no local, que poderá abrigar efetivo e viaturas das entidades.
De acordo com secretária de Meio Ambiente de Rio Preto, Kátia Penteado, o município terá um desafio ainda maior relacionado ao reflorestamento da área. “De 106 mil mudas que tínhamos plantadas em 13 áreas diferentes, perdemos aproximadamente 76 mil mudas para o fogo. Teremos que recuperar essa perda nos próximos anos”, diz.
O comitê traçou um plano de reação aos estragos para iniciar a recuperação da área e reforçar o patrulhamento inibindo as invasões. O documento será apresentado pelo prefeito ao governador João Dória.
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