MP interdita clube em Cordeirópolis após denúncias de que local é usado por menores para uso de drogas e prostituição

Além disso, prefeitura já havia constatado uma série de problemas administrativos do Cordeiro Clube. Diante das irregularidades, Executivo decretou intervenção no local.

O Ministério Público (MP) interditou na manhã desta quinta-feira (11) o Cordeiro Clube, no Centro de Cordeirópolis (SP). A interdição ocorre após a prefeitura receber denúncias de que o local estaria sendo usado por menores para uso e fornecimento de drogas, bebidas e prostituição, além de constatar uma série de irregularidades administrativas.

Diante das denúncias e dos problemas apurados, a administração municipal já havia decretado a intervenção no clube no último dia 5 de maio. O espaço, localizado na Avenida Presidente Vargas, tinha sido cedido pela prefeitura a um clube de associados em 1968.

O decreto de intervenção aponta, ainda, outras irregularidades, como:

Perturbação de sossego, abandono e moradia de desconhecidos no local da sede do Cordeiro Clube, com circulação de menores;
Falta de conservação do local; que o CNPJ da entidade estava inativo, bem como, a falta de alvará de funcionamento, AVCB e que pessoas encontram-se residindo irregularmente no local, visto que ele não possui espaço para moradia;
Dívidas tributárias com o município de valores superiores a R$ 200 mil, além de débitos com a Previdência Social e FGTS;
Atividades no local, com envolvimento de menores, as quais estão provocando graves problemas de saúde e segurança pública.

Na decisão de intervenção, a prefeitura também já havia considerado a instauração de uma notícia de fato por parte do Ministério Público.

“Tal situação chegou ao ponto máximo de tolerância por parte da população, da comunidade representativa e da Administração Pública, que através de suas representações legítimas e legais, solicita providências urgentes por parte do Governo Municipal, no sentido de solucionar tal situação”, diz texto.

A intervenção
A intervenção no clube tem duração de 180 dias, mas com a possibilidade de ser encerrada antes ou prorrogada.

Nesse período, toda a diretoria e eventuais outros órgãos administrativos ficam desabilitados e afastados da gestão, que passa a ser de responsabilidade da interventora Cássia de Moraes, nomeada pela prefeitura.

A interventora terá de apresentar mensalmente um relatório com as atividades realizadas e atualizações sobre a situação da instituição. O cronograma de atividades será apresentado dentro de 60 dias.

 

By Ellena Gomes

Veja Também!