Os dados são do Portal da Transparência da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen). Ao todo, 6,1 mil óbitos foram registrados de janeiro a julho de 2020 nas dez cidades da região; em 2019 foram 5,2 mil. Cemitério São Salvador, em Mogi das Cruzes
Yasmin Castro/G1
Os cartórios do Alto Tietê tiveram um aumento de 16% no número total de mortes registradas nos primeiros sete meses de 2020, em comparação com o ano anterior. Foram 864 óbitos a mais, o que indica também a maior alta dos últimos cinco anos.
Ao todo, 6.131 óbitos foram registrados de janeiro a julho de 2020 nas dez cidades da região. Em 2019 foram 5.267. Os dados são do Portal da Transparência da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).
O levantamento abrange todos os tipos de morte, incluindo as decorrentes de causas naturais, provocadas de doenças ou resultadas de ações violentas, como acidentes e homicídios. Na comparação com os últimos cinco anos, nunca houve tantas mortes na região como em julho de 2020.
De acordo com a Arpen, os números se referem ao local em que o óbito foi registrado e, não necessariamente, onde a pessoa morava. Os números de todo o Brasil podem ser consultados pela internet.
Números por cidade
Na comparação com 2019, o município de Biritiba Mirim foi o que registrou o maior aumento. O número de óbitos passou de 44 para 62 em 2020, cerca de 40% a mais. O menor aumento, no entanto, foi registrado na cidade de Suzano, que passou de 811 mortes entre janeiro e julho para 856, uma diferença de 5%.
Entre eles estão ainda os municípios de Poá, com aumento de 39%, Santa Isabel (24%), Arujá (23%), Itaquaquecetuba (19%) e Mogi das Cruzes (16%). As cidades de Ferraz de Vasconcelos e Guararema tiveram aumentos de 10% e, Salesópolis, 9%.
Mortes registradas nos cartórios do Alto Tietê de janeiro a julho de 2019 e 2020
Mês com mais mortes
Na análise dos primeiros sete meses dos últimos cinco anos, o levantamento mostra, ainda, que os cartórios do Alto Tietê nunca registraram tantas mortes como em junho e julho de 2020. Ao todo, foram 1.066 e 1073, respectivamente.
A última vez que um mês registrou volume próximo de mortes foi em julho de 2019, quando os cartórios do Alto Tietê emitiram 982 declarações de óbito. Essa também foi a primeira vez desde 2015 que o número de falecimentos permaneceu crescente, sem uma única queda, de fevereiro a julho.
Mortes registradas de janeiro a julho, de 2015 a 2020, no Alto Tietê
Coronavírus
O período analisado abrange a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). No Alto Tietê, o primeiro óbito provocado pela doença ocorreu em 24 de março. Daquele dia até 31 de julho, os cartórios da região haviam registrado 885 mortes em que a Covid-19 foi citada.
O maior número foi registrado em Mogi das Cruzes, que no período teve 390 mortes por coronavírus, seguida por Itaquaquecetuba, com 174. Na sequência estão as cidades de Ferraz de Vasconcelos (79), Suzano (77), Santa Isabel (58), Arujá (55) e Poá (52).
Para ser considerado no levantamento Especial da Covid-19, disponibilizado no site da Arpen, o cartório da cidade precisa registrar, pelo menos, 50 óbitos pela doença. Por esse motivo, os números acima não incluem os municípios de Biritiba Mirim, Guararema e Salesópolis.
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Número de mortes no Alto Tietê cresce 16% nos primeiros sete meses de 2020; alta é a maior dos últimos cinco anos
