Em relatório divulgado ontem, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês) afirmou que o aumento dos déficits fiscais de economias emergentes vai representar um “desafio de financiamento” para esses países. O IIF cita o Brasil, além da África do Sul e da Turquia. No caso brasileiro e da África do Sul, a entidade diz que os bancos centrais podem ter de “auxiliar” na política fiscal. Em relação a Turquia, a avaliação é que os bancos privados devem financiar o déficit, com participação “limitada” do BC local.
O IIF acrescenta que os déficits fiscais devem aumentar “bruscamente”, na medida em que a pandemia vai conter a receita tributária e criar necessidades temporárias de gastos extras. No Brasil, a previsão da entidade é de déficit de 13% do Produto Interno Bruto (PIB).
Cortisona
Em live organizada pelo banco BTG Pactual, o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan disse que vê um excesso de otimismo nas previsões de organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), e também de parte do mercado de uma recuperação na forma de “V” após a pandemia do coronavírus.
Já o economista Armínio Fraga, o ex-presidente do Banco Central (BC), disse que os mercados estão neste momento otimistas com o que chamou de “cortisona monetária”, em referência à injeção de liquidez feita em coordenação pelos maiores bancos centrais do mundo.
“O mundo está um pouco animado demais, dopado por essa cortisona”, afirmou ele.
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