PF indicia Paulinho da Força por corrupção e lavagem de dinheiro em São Paulo


Inquérito faz parte da Operação Dark Side, primeira fase da Lava Jato que investiga crimes eleitorais em São Paulo. Também foram indiciados o advogado Cristiano Vilela de Pinho e José Gaspar Ferraz de Campo, vice-presidente do PDT/SP. Paulinho da Força é indiciado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva

A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (2) o deputado federal Paulinho da Força (SP), presidente do partido Solidariedade, após a conclusão do inquérito da Operação Dark Side, que faz parte da primeira fase da Operação Lava Jato que investiga crimes eleitorais em São Paulo.
Segundo a PF, a investigação foi iniciada a partir das delações premiadas de grupo empresarial. Além do deputado, também foram indiciados o advogado Cristiano Vilela de Pinho e José Gaspar Ferraz de Campo, vice-presidente do PDT de São Paulo. Todos pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. As penas podem variam de 3 a 12 anos de prisão.
Por meio de nota, a defesa do deputado Paulo Pereira da Silva afirmou que “apresentará, no momento oportuno, os elementos necessários a demonstrar sua inocência quanto aos fatos apurados”.
“Causa perplexidade que a imprensa e setores do judiciário utilizem informações de uma delação sabidamente fraudulenta, que agoniza no STF. O Deputado ainda repudia a atuação da Lava Jato com viés político-político partidário, extrapolando os limites constitucionais, buscando unicamente dar protagonismo para seus atores”, disse o advogado do parlamentar.
A defesa de Cristiano Vilela de Pinho informou que não vai se manifestar.
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Operação Dark Side
Em 14 de julho deste ano, os agentes da PF fizeram buscas no gabinete de Paulinho da Força, além do apartamento funcional do parlamentar em Brasília e na sede da Força Sindical, à qual ele é ligado, em São Paulo. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nas duas cidades.
Na mesma data, também foi determinado o bloqueio judicial de contas bancárias e de imóveis dos investigados, em decisão que partiu da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo.
De acordo com as investigações, foi constatado a existência de indícios do recebimento de doações eleitorais não contabilizadas durante as campanhas eleitorais do deputado nos anos de 2010 e 2012, no valor total de R$1,7 milhão.
Segundo o Ministério Público Eleitoral, os pagamentos ocorreram através da simulação da prestação de serviços advocatícios e também com o pagamento de valores em espécie através de doleiros contratados. O escritório de advocacia supostamente envolvido na simulação da prestação de serviços tinha como um dos sócios o genro de Paulinho da Força.
Deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), durante discurso no plenário da Câmara em 2 de abril de 2019
Luis Macedo/Câmara dos Deputados
A defesa do Deputado Paulo Pereira da Silva disse que “apresentará, no momento oportuno, os elementos necessários a demonstrar sua inocência quanto aos fatos apurados. Causa perplexidade que a imprensa e setores do judiciário utilizem informações de uma delação sabidamente fraudulenta, que agoniza no STF. O Deputado ainda repudia a atuação da Lava Jato com viés político-político partidário, extrapolando os limites constitucionais, buscando unicamente dar protagonismo para seus atores.”
A defesa de Cristiano Vilela de Pinho informou que não vai se manifestar. A defesa de José Gaspar Ferraz de Campo não foi encontrada para comentar o indiciamento.
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