Polícia Federal apura desvios de verbas nas prefeituras de Areias e São José do Barreiro


Ações apuram desvio de verba pública para aquisição de insumos para veículos. De acordo com a polícia, prefeituras teriam superfaturado contratos, além de usar patrimônio público para uso particular. Operações da Polícia Federal apuram desvios de verbas nas prefeituras de Areias e São José do Barreiro
Polícia Federal/Divulgação
A Polícia Federal realiza nesta terça-feira (22) duas operações que apuram o desvio de verbas públicas da educação e da saúde nas prefeituras de Areias e São José do Barreiro.
Ao todo, são cumpridos 24 mandados de busca e apreensão em Areias, São José do Barreiro, Cruzeiro, Pindamonhangaba e Santo Antonio do Pinhal.
As investigações apuram desvio de verbas públicas da educação e da saúde nas duas prefeituras. Em São José do Barreiro, o valor dos contratos suspeitos é de R$ 4,7 milhões, sendo R$ 1 milhão de recursos federais, no período de 2017 a 2020.
Já em Areias, é estimado o montante de R$ 3,1 milhões, sendo R$ 712 mil de origem federal.
Durante o operação houve apreensão de dinheiro em um dos locais de busca, mas até as 8h30 não havia um balanço do valor apreendido. Policiais federais também apreenderam documentos.
O G1 tenta contato com as prefeituras de Areias e São José do Barreiro.
Polícia Federal apura desvios de verbas nas prefeituras de Areias e São José do Barreiro
Polícia Federal/Divulgação
Investigação
As operações apuram ações distintas, mas que ligam os mesmos municípios e investigados. Na operação Rota 68, a polícia apura os gastos de verbas públicas de saúde e educação com a aquisição de combustíveis e lubrificantes entre os anos de 2018 e 2019.
Na investigação, foram detectados indícios de direcionamento de licitação; apresentação de atestado de qualificação técnica falso; fraude na execução de contrato de transporte escolar, por meio do superdimensionamento das rotas, quarteirização do serviço, superlotação das vans, ausência de monitores nas linhas percorridas, veículos sem o certificado de inspeção semestral válido e pneus sem condições mínimas de segurança.
Além de pagamento de propina a agentes públicos e uso de combustível adquirido com verba pública para o abastecimento de veículos particulares.
Já na operação Tanque Cheio, a investigação verificou indícios de direcionamento nas licitações para contratação dos fornecedores; superfaturamento do preço do combustível; cessão de veículos públicos abastecidos para uso de particulares; abastecimento direto de veículos de particulares em geral, pelo ente municipal, especialmente de médicos contratados, e falsidade ideológica.
Segundo a PF, os investigados responderão por crimes de responsabilidade de prefeito, fraude a licitações, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e organização criminosa.

By Midia ABC

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