Prefeitura de Ribeirão Preto, SP, recorre à Justiça, e mantém bares, salões e academias abertos

Executivo contesta decisão do governo estadual, que reanalisou dados sobre mortes da Covid-19 e negou pedido da Prefeitura para manter região na fase amarela do Plano SP.
Coletiva de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto, SP, nesta terça-feira (8)
Murilo Badessa/EPTV
O prefeito de Ribeirão Preto (SP), Duarte Nogueira (PSDB), informou, nesta terça-feira (8), que vai manter abertos bares, restaurantes, salões de beleza e academias, enquanto a Prefeitura recorre à Justiça após o rebaixamento dos municípios da Diretoria Regional de Saúde (DRS 13) à fase laranja do Plano São Paulo.
Após analisar pedido da Prefeitura para reavaliar os dados sobre o número de mortes por coronavírus de 21 de agosto a 04 de setembro na região, o Comitê Estadual de Contingenciamento decidiu manter as 26 cidades na fase laranja, como já tinha sido anunciado na sexta-feira (4).
Com isso, a região que estava na fase amarela desde o dia 8 de agosto só poderia abrir lojas, shoppings, concessionárias de veículos e escritórios, com regras.
Mas a Prefeitura discorda da avaliação porque alega que o estado observa o número de mortes por data do óbito, e não por data da infecção do paciente. O Executivo também alega que, em 2 de setembro, houve mudança no cálculo do critério de peso 1 pelo comitê.
Paralelo à ação na Justiça, o prefeito vai protocolar um recurso administrativo junto ao governo do estado. A formalização deve ocorrer em reunião na quarta-feira (9) do Conselho Municipalista com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Regional. De acordo com Nogueira, a contestação do rebaixamento é consenso entre os outros 25 prefeitos das cidades que integram a DRS 13.
O prefeito alega que o critério mais importante no Plano SP é o número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19 junto com novas internações.
“Se a internação é o elemento mais importante e a gente vem regredindo a cada momento, esta é uma contestação na métrica do Plano São Paulo que nós vamos contradizer.”
Os índices têm obtido classificação verde desde 7 de agosto, quando a região saltou da fase vermelha para a amarela.
“Se aqui diz que para que nós possamos fazer a retomada consciente, garantir as ações econômicas e a recuperação com normalidade e com segurança, garantir assistência médico-hospitalar e, ao mesmo tempo, considerando que o peso mais importante são as internações, não se justifica, por estes elementos, colocar Ribeirão Preto na fase laranja.”
Esta matéria está em atualização