Ex-secretário da pasta, José Carlos Cuervo Júnior, foi exonerado na terça-feira (14), após ser indiciado por fraude à licitação na Operação Borderline, que apura possíveis irregularidades na aquisição dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). O novo secretário de Administração da Prefeitura de Sorocaba (SP) foi nomeado na tarde desta quarta-feira (14) após José Carlos Cuervo Júnior, que era responsável pela pasta, ser exonerado e indiciado por fraude à licitação na compra de máscaras no valor de R$ 900 mil.
De acordo com a prefeitura, Alexandre Moreira de Ataíde assumirá a posição, que deve ser anunciada no jornal do município de quinta-feira (15).
Ainda segundo a prefeitura, ele é formado em Direito pela Faculdade de Direito de Sorocaba (FADI) e é pós-graduando em Direito Público. Alexandre já atuou como secretário adjunto da Secretaria de Licitações e Contratos em 2017.
A prefeitura também informou que Alexandre já foi diretor de área da Secretaria do Gabinete Central até agosto de 2019 e, em 2020, ocupava o mesmo cargo na Secretaria de Administração.
Exoneração
José Carlos prestou depoimento na Deic de Sorocaba (SP) na manhã de terça-feira (13), para a investigação da Operação Borderline, que apura possíveis irregularidades a aquisição dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Em entrevista à TV TEM, José alegou que um teste aprovou a eficácia da máscara e que os trabalhadores não foram expostos ao vírus. Das 60 mil máscaras compradas, 44 mil foram trocadas. ele também afirmou que pediu o ressarcimento do dinheiro das mais de 15 mil unidades que foram usadas.
No mesmo dia, a prefeitura informou que Cuervo foi exonerado para que os fatos possam ser apurados com isenção e que se considera vítima no processo de compra das máscaras.
Gaeco e Polícia Civil fazem ação na Prefeitura de Sorocaba 8 de junho de 2020
Arquivo Pessoal
Operação Borderline
A Operação Borderline foi desencadeada pela Polícia Civil com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, em julho deste ano. A ação cumpriu mandados de busca e apreensão para investigar processos licitatórios.
A promotora do Gaeco, Maria Aparecida Castanho, informou que a investigação começou após uma denúncia de que os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), comprados durante a pandemia de coronavírus, não eram os ideais e não tinham a eficácia exigida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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