Procon vai aumentar fiscalização em supermercados para coibir alta abusiva de preços dos alimentos em São Paulo

Segundo a entidade, a partir de segunda (14) os fiscais vão comparar os preços médios praticados pelos comerciantes no 1º e no 2º semestre deste ano, para checar se houve cobrança mais alta nos produtos da cesta básica para aumentar margem de lucro dos estabelecimentos. Procon se reúne com Associação de Supermercados sobre aumento do preço dos alimentos
Após reunião com representantes da Associação Paulista de Supermercados (APAS), o Procon-SP anunciou na noite desta quinta-feira (10) que vai aumentar a fiscalização nos supermercados do estado para verificar possíveis cobranças abusivas em itens da cesta básica que possam ter levado à alta dos preços médios dos alimentos no estado.
Segundo a entidade, as fiscalizações começarão na segunda-feira (14) e os fiscais vão comparar o preço pago e vendido pelos comerciantes no 1º semestre de 2020 e também nesse 2º semestre. Se for constatado que os preços subiram para o supermercado ter mais lucro, o Procon-SP diz que vai notificar e multar a empresa.
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“Os preços dos alimentos explodiram, um saco de arroz, por exemplo, chegou a R$ 40,00. Apesar de sabermos que se trata de uma questão macroeconômica, alta do dólar e facilitação da exportação, o consumidor não pode ser prejudicado. Cumpriremos o nosso papel de defender a população e atuaremos para combater a alta dos preços”, afirma o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.
O foco da atuação dos fiscais, segundo o diretor, será os itens essenciais que estão mais presentes na mesa das famílias, como carnes, leite, ovos, arroz, feijão e óleo.
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Inflação e preços dos alimentos em SP
De acordo com Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o arroz já acumula alta de 25% em 2020. A cidade de São Paulo registrou inflação de 0,91% na primeira quadrissemana de setembro, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela entidade. Foi a sexta alta consecutiva do indicador semanal, que teve seu piso recente na terceira leitura de julho, quando marcou 0,22%.
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Na mesma leitura em 2019, o IPC da Fipe havia ficado em 0,29%. Na imediatamente anterior à divulgada hoje, a do encerramento de agosto, ficou em 0,78%. Na primeira medição do mês passado, a inflação acumulada era de 0,28% nos 30 dias até a data.
Das sete classes de despesa que compõem o indicador, cinco mostraram inflação maior ou deflação menor em relação à leitura da semana anterior: Habitação (de 0,98% para 1,03%), Alimentação (de 1,27% para 1,44%), Despesas Pessoais (de 0,51% para 0,80%), Saúde (de 0,65% para 0,67%), Vestuário (de -0,76% para -0,16%)
Apenas o grupo Transportes mostrou recuo na inflação, de 0,71% para 0,69%, e Educação manteve a alta de 0,01% da leitura anterior.
A próxima divulgação, com a inflação da segunda quadrissemana de setembro, acontecerá no dia 17.
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By Midia ABC

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