Eles levaram doces e lições impressas para alunos. Muitos não têm acesso à internet. Carreata ajuda professores de Arujá a matarem a saudade dos alunos
Os professores de uma escola municipal que fica na zona rural de Arujá resolveram fazer uma surpresa para os alunos da unidade.
Desde a suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia de Covid-19, eles estão afastados dos 224 alunos de 4 anos a 11 anos da escola. Por isso, eles organizaram uma carreata para levar uma mensagem de carinho aos alunos.
O comboio levou doces e lições impressas para os alunos. Muitos deles não tem internet em casa e, por isso, é difícil acompanhar o conteúdo on-line.
Professores de Arujá levaram doces e lições impressas para alunos
Reprodução/ TV Diário
Mesmo com os portões fechados, o roteador da escola continua ligado, e olha que quem paga a conta sãos os professores e funcionários. Tem pai que vai até a escola todos os dias somente para levar o conteúdo para a filha. “Ele vem aqui todos os dias. Ele para aqui e senta na frente da escola e baixa todos os materiais que precisa para levar para a filha dele. E quando chega em casa, ele ajuda a filha nas tarefas e no outro dia se tiver mais atividades, ele para na frente e baixa os materiais. Mesmo com a escola fechada, ele tá ali em frente a escola”, explica a diretora da unidade, Goretti Alencar.
O trajeto da carreata foi o mesmo do transporte escolar para facilitar o reencontro com os pequenos. A dona de casa Elenilda Bispo Ferreira ficou por uma hora com a filha Ana Beatriz Bispo Ferreira de 9 anos, esperando a passagem dos professores. “É muito especial, vale a pena. Seria bom se fosse todo dia assim. Vocês não imaginam o quanto que faz diferença, principalmente, para eles.” A pequena Ana Beatriz gostou da surpresa. “Eu tô muito feliz porque eu senti muita saudade.”
Diogo Lopes de Araújo de 7 anos adorou ver os professores. “Eu fiquei muito feliz da lição.”
A professora Cleunice dos Santos Oliveira afirma que a escola sempre encontra um jeito de chegar até os alunos. “Essa carreata foi uma forma da escola, da equipe chegar até eles. Até porque somos uma equipe pequena. Mas uma equipe que arregaça as mangas, tiveram a ideia e dizer para eles que eles não estão sozinhos.”
A ação solidária durou cerca de duas horas. Aqueles que moram mais distantes e precisam caminhar horas até o ponto de ônibus receberam a visita na porta de casa. “No começo foi difícil, a gente estar sem os professores. E eles explicam bastante ajuda, mas agora a gente tá se acostumando”, afirma Vitória Costa Vieira de 10 anos.
