Quarentena pela Covid-19 faz trânsito migrar para avenidas periféricas da cidade, apontam alertas do Waze

Alertas de congestionamento caíram na Avenida Brigadeiro Faria Lima e subiram nas avenidas Teotônio Vilela e Bernardete Véio na capital paulista, segundo o aplicativo. Estado de SP registrou em média 300 acidentes por mês envolvendo suspeita de embriaguez
Uma análise do trânsito na capital paulista durante a pandemia de Covid-19 mostrou que as longas filas de carros mudaram de lugar. Algumas avenidas, como a Bernardete Véio, na Zona Leste, e a Teotônio Vilela, na Zona Sul da cidade, passaram a ser focos de congestionamento.
A Bernardete Véio tem 10 km de extensão e diversos pontos de congestionamento. Já a Teotônio Vilela foi a avenida onde os motoristas perderam mais tempo em filas de carros, segundo alertas do Waze, entre março, no início da quarentena, até o começo de setembro. Nesta avenida, os alertas subiram 132% no período.
Já a Brigadeira Faria Lima é a avenida com maior queda nos alertas no período. A avenida, localizada na Zona Oeste, não é o mesma desde o início da quarentena. Os alertas caíram de 1373 em março para 203 em setembro.
Segundo o Infosiga, o sistema de dados gerenciado pelo programa Respeito à Vida, do governo do estado, a taxa de mortalidade em acidentes de trânsito triplicou no estado de São Paulo nos casos em que há suspeita de embriaguez ao volante. Os pesquisadores analisaram boletins de ocorrência registrados entre janeiro de 2019 e julho de 2020, e encontraram um total de 5.701 acidentes com este recorte. Isso significa que, em média, o estado de São Paulo registrou 300 batidas por mês que envolveram suspeita de embriaguez.
Do total de acidentes com suspeita de embriaguez ao volante nestes 19 meses, 551 terminaram em mortes. Segundo os pesquisadores, 3% das vítimas de acidentes de trânsito morrem; já em acidentes que envolvem embriaguez, o percentual triplica e sobe para 10%.
O diretor do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que gerenciou a pesquisa do Infosiga, disse que o cruzamento de dados de embriaguez e acidentes ajuda na criação de ações mais precisas de segurança de trânsito.
“O próximo passo é trazer mais presença, mais fiscalização, mais policiamento, para tentar coibir esta situação. O panorama requer ações mais firmes”, disse Ernesto Mascellani Neto.

By Midia ABC

Veja Também!