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Ministério da Saúde contabiliza até o momento 9.632 casos confirmados de covid-19 entre os indígenas e 198 óbitos, mas números estariam subdimensionados — Foto: Fiona Watson/Survival
Ministério da Saúde contabiliza até o momento 9.632 casos confirmados de covid-19 entre os indígenas e 198 óbitos, mas números estariam subdimensionados — Foto: Fiona Watson/Survival
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira (20) que, dentre os povos mais vulneráveis aos impactos da Covid-19, os indígenas que vivem nas Américas é a principal preocupação da agência.
“Embora a Covid-19 seja um risco para todos os povos indígenas em todo o mundo, a OMS está profundamente preocupada com o impacto do vírus nos povos indígenas das Américas, que continua sendo o atual epicentro da pandemia “, alertou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Segundo a OMS, a região das Américas registra mais de 2 mil mortes de indígenas no momento e mais de 70 mil casos de infecções até o dia 6 de julho.
“Os povos indígenas estão mais expostos pobreza, desemprego, desnutrição e doenças transmissíveis e não transmissíveis, tornando-os mais vulneráveis à Covid-19 e seus graves resultados”, explicou Tedros.
“Como outros grupos vulneráveis, os povos indígenas enfrentam muitos desafios. Isso inclui falta de representação política, marginalização econômica e falta de acesso à saúde, educação e serviços sociais”, complementou o diretor-geral da OMS.
Segundo a OMS, existem cerca de 500 milhões de povos indígenas em todo o mundo espalhados em mais de 90 países.
Esta é a segunda vez somente este mês que a OMS faz um alerta sobre a situação dos povos indígenas das Américas frente à pandemia.
O Brasil tem 10,3 mil casos confirmados de coronavírus entre indígenas, segundo dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, apresenta um número menor: 6,8 mil confirmados até 1º de julho.