Pesquisa da Prefeitura de SP registra alta de infectados por Covid-19; 1,32 milhão de pessoas tiveram contato com o vírus


Inquérito sorológico mostra que 25% das pessoas que não fizeram nenhum isolamento social apresentaram o vírus. 1,3 milhão de paulistanos já tiveram Covid-19, aponta inquérito sorológico
A Prefeitura de São Paulo apresentou no início da tarde desta terça-feira (28) uma pesquisa que mostra que 1,32 milhão da população já foi contaminada pelo novo coronavírus na capital paulista até o dia 20 de julho. A fase 2 do inquérito sorológico mostra ainda que a taxa de prevalência da doença na cidade é de 11,1%.
A pesquisa começou no dia 10 de junho e tenta descobrir, por amostragem, quantas pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus na cidade. O exame sorológico avalia a presença de anticorpos específicos (IgM/igG). Portanto, identifica casos passados da doença. Ele é usado para monitorar a porcentagem da população que já teve contato com o vírus. Ao todo, serão nove etapas do inquérito sorológico, que começou na fase 0 e vai até a fase 8.
A Zona Sul concentra a maior parte dos casos, com 16,1% da prevalência, seguida da Zona Leste que tem 13,3% da população que teve contato com o vírus.
O perfil sócio demográfico mostra que a população que tem mais risco de contrair a infecção pelo SARS-CoV-2 permanece sendo: cor preta e parda, menor instrução e menor renda mensal.
Prefeito Bruno Covas durante coletiva em SP
Reprodução
“O vírus está jogando luz sobre a desigualdade que nós temos na cidade de São Paulo, é 4 vezes maior a incidência de coronavírus na classe D do que quem é da classe A, ou seja quem é mais pobre tem mais chance de pegar o vírus. É quase o dobro a incidência do vírus sobre quem tem somente o Ensino fundamental do que quem tem Ensino Superior. A população com menos instrução pega mais o vírus na cidade de SP. E a questão da desigualdade racial: quem é da cor preta ou parda tem 60% mais chance de pegar o vírus na cidade do quem é da cor branca”, afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB).
Segundo a pesquisa, a prevalência de assintomáticos infectados vem se elevando gradativamente em cada fase. O levantamento aponta que 25% das pessoas que não fizeram nenhum isolamento social apresentaram o vírus e 39,7% das pessoas que testaram positivo disseram que não apresentaram nenhum sintoma. Desde o início da pandemia, a capital paulista realizou cerca de 700 mil testes. A prevalência também é maior nas pessoas acima dos 65 anos.
A pesquisa é feita por amostragem com o sorteio de domicílios na área de abrangência das 472 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em todas as regiões da capital paulista.
A utilização do teste rápido (IgM/IgG) para confirmar um caso de coronavírus não é recomendada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização afirma que esse tipo de exame sorológico é importante para pesquisa e vigilância, mas que não é indicado para detecção de casos.
A presença de anticorpos no organismo não significa que a pessoa está imune à doença. Pesquisadores ainda estudam qual é a taxa de anticorpos necessária para que o indivíduo se torne imune e também quanto tempo esta imunidade pode durar.

Fases do inquérito sorológico com moradores da cidade de SP
Reprodução
Fase 1
A fase 1 da pesquisa, divulgada em 23 de junho, mostrava que a cidade tinha 1,16 milhão de infectados pelo coronavírus, número quase dez vezes maior do que o índice oficial, de 120 mil casos confirmados da doença na ocasião.
O levantamento também apontava que a taxa de letalidade da doença na cidade é de 0,5%.
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By Midia ABC

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