Prefeitura divulga resultados de censo socioeconômico e desemprego preocupa em Bauru


Apesar da baixa adesão à pesquisa, administração diz que dados vão ajudar a direcionar políticas públicas; 48% dos entrevistados declararam não ter atividade remunerada. Desemprego é uma das maiores preocupações do bauruense durante a pandemia
TV TEM/ Reprodução
A prefeitura de Bauru (SP) divulgou nesta quarta-feira (5) o balanço estatístico do 1° Censo Socioeconômico, uma pesquisa realizada por várias secretarias através de um questionário que ficou disponível de forma online entre abril e julho deste ano.
Apesar da baixa adesão dos bauruenses a esse levantamento – apenas 651 cadastros foram preenchidos –, a prefeitura informou que os dados coletados vão são importantes para indicar a direção das políticas públicas, especialmente em tempos de pandemia.
“É a primeira vez que fazemos isso e achamos que é uma forma importante para conhecermos a realidade dos moradores. Agora vamos depurar esses dados e entender como as políticas públicas podem ser integradoras desses moradores”, disse Aline Fogolin, secretária de Desenvolvimento Econômico.
Prefeitura divulga balanço de censo socioeconômico feito durante a pandemia em Bauru
Dentre os vários itens pesquisados, a questão do desemprego foi uma das mais preocupantes. Isso porque 48% dos moradores que responderam à pesquisa admitiram que não exercem atividade econômica remunerada.
Para a secretária, foi possível perceber que muitos desses moradores podem não ter tido acesso a programas já existentes na área, como o Emprega Bauru. Além disso, ela destaca que poucos microempreendedores individuais (MEIs) participaram do censo.
“Muitas vezes falta orientação e falta fazer com que esses programas cheguem até quem precisa para que as pessoas entendam que há oportunidades. Além disso, a baixa adesão dos MEIs mostra que existe espaço para a prefeitura atuar”, explica a secretária.
Balanço do Censo
O 1° Censo Socioeconômico de Bauru teve maior participação das mulheres. Do total de pessoas que responderam ao questionário, 77,42% se declararam mulheres e 22,58% homens.
Quanto ao grau de escolaridade 2,46% declararam que não são alfabetizados, 15,51% responderam não possuir ensino fundamental completo, 6% completaram o Ensino Fundamental, 14,30% pararam de estudar antes de terminar o ensino médio, 31,03% finalizam o colegial, 7,22% não terminaram o ensino superior, 24,42% completaram os estudos em uma instituição de ensino superior e 25% possuem ensino técnico.
Já em relação ao fator empregabilidade, 48% disseram não exercer atividade remunerada, 5% declararam que são Microempreendedores Individuais, 3,70% são profissionais liberais, 6,45% exercem atividade remunerada sem registro em carteira e 30,57% possuem registro em carteira.
Quanto ao auxílio emergencial, 41,63% solicitaram o benefício do governo federal, alegando já possuir inscrição no Cadastro Único ou por meio do Aplicativo da Caixa Econômico Federal.
Do total de pessoas que afirmaram não ter recebido o auxílio (7,5%), 33,64% disseram não se enquadrar nos requisitos, 1,07% afirmaram desconhecer o benefício, 6,45% alegaram instabilidade durante o acesso ao aplicativo e 0,30% não possuem acesso à internet.
De acordo com as secretarias de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda e do Bem-Estar Social, os dados coletados através do Censo serão importantes para que seja possível identificar novas oportunidades de cursos, oficinas e programas capazes de gerar um aumento no número de pessoas capacitadas para os novos desafios do mercado de trabalho.
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By Midia ABC

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