Quatro projetos do Alto Tietê estão entre os melhores da Escola de Inovadores do CPS; inscrições vão até sexta


Iniciativa, que estimula o empreendedorismo e a inovação, recebe inscrições pela internet. Melhores projetos receberão ‘aceleração’ do Sebrae. Quatro projetos do Alto Tietê estão entre os 50 melhores da Escola de Inovadores do CPS
Quatro projetos do Alto Tietê estão entre os 50 melhores desenvolvidos na última edição da Escola de Inovadores do Centro Paula Souza. A iniciativa, que busca estimular o pensamento empreendedor e incentivar a criação de startups, segue com inscrições abertas até sexta-feira (25).
O Carlos Henrique de Melo Pinto está no quarto semestre do curso de agronegócios na Faculdade Técnica (Fatec) de Mogi das Cruzes. Foi isso que deu um empurrão para que ele criasse esse projeto.
Ele criou um protótipo de uma horta hidropônica. O projeto em tamanho original chega a pesar duas toneladas e pode ser instalado em uma área aberta. Como tem professores na família, o foco principal são as escolas.
“Ali, além da questão prática mesmo, de você ter a vivência, de colocar a criança para saber desenvolver as plantas, nós temos um consórcio e peixes e camarões, de plantas e hortaliças que são variadas”, explica.
“Você estará trabalhando a matemática, a química, principalmente. Todo o processo de fauna, flora, para poder trabalhar a questão até básica de português, inglês”, completa o idealizador.
O projeto dele está inscrito em um curso do Centro Paula Souza voltado para o empreendedorismo. São mais de mil ideias de 300 escolas, entre Escolas Técnicas (Etec) e Fates de todo o estado, como detalha Bruno Panccioni, diretor da Fatec de Mogi.
“É um projeto que está dentro da trilha de empreendedorismo. Essa trilha de empreendedorismo inicia com os estudos da Escola de Inovadores que é um momento em que as pessoas que se inscreverem, a pessoa estudante ou não, empresário, que queria sua ideia e quer transformar sua ideia em negócio”.
Carlos criou horta hidropônica para programa do Centro Paula Souza
Reprodução/TV Diário
“Essa escola do empreendedorismo vai ser um curso totalmente gratuito, de 40 horas, um curso de extensão, que vai ser ministrado aos sábados. São 10 encontros. Esses 10 encontros vão abordar assunto todos da área de empreendedorismo e inovação. Vão trabalhar com comportamento do empreendedor, legislação na área de gestão, tecnologia aplicada ao negócio, ideação, prototipação”, afirma Panccioni.
Depois disso, cada um desenvolve o seu projeto e só 50 passam para a próxima fase, que vai selecionar 10. “A hora que ele já tem seu modelo prototipado, já está com essa ideia bem estrutura, ele pode ter um próximo passo que é participar de uma vitrine da Inova do Centro Paula Souza. Nessa vitrine ele vai ser escolhido, vai ocorrer toda a votação pública lá, e os 10 melhores projetos serão escolhidos para receber uma aceleração em parceria como Sebrae”, conclui o diretor.
Além do projeto do Carlos, a região tem outros três nessa vitrine. Um deles foi pensado pela bióloga Camila Sant’Ana e é voltado para crianças.
“Eu sou educadora ambiental e eu queria buscar uma nova forma de aplicar conceitos de sustentabilidade na cozinha. Na cozinha e na educação. Eu pensei de, através da culinária, a gente consegue aplicar todas essas questões de sustentabilidade, como a gestão de resíduos, uso racional da água”, explica.
A nutricionista Cátia Vergaça também é uma das desenvolvedoras do projeto Culinária do Saber. Ela conta que a ideia é, por meio da vivência na cozinha, acessar às diversas áreas do saber, incluindo a interpretação de texto e a matemática.
“Eu trabalhava em uma escola como nutricionista e a Camila era bióloga, dava aula. A gente começou a entender que através da culinária, das oficinas, a gente podia também ensinar”, explica a nutricionista.
Nas aulas, a criança tem contato com alimentos para aprender alguns conceitos. Sustentabilidade é um exemplo.
“É uma forma das crianças entenderem o impacto que elas têm na sociedade através do nosso consumo. Um jeito divertido, porque, fazendo receitas, cozinhando, eles aprendem muito mais do que só a receita”, aponta Camila.
“A gente faz a receita, a criança pratica com as suas mãos. Então tem todo a questão do ‘maker’ envolvida e também, ela vai atrás de poder experimentar esse alimento. É a grande sacada, também, porque a criança, com os pais, se estimula a experimentar e até conhecer novos alimentos”, completa Cátia.

By Midia ABC

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