AME de Campinas inicia com 13,6% das especialidades previstas pelo Estado após deixar de ser hospital exclusivo para Covid-19


Unidade foi usada por cinco meses como unidade para atender pacientes com novo coronavírus. Apesar de previsão inicial, gerente diz que 22 especialidades serão alcançadas em 2021. Estrutura do AME, em Campinas
Luiz Granzotto / Prefeitura de Capinas
Após ser usado por cinco meses como hospital exclusivo para pacientes com Covid-19, o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Campinas (SP) teve atendimento reprogramado e registrou nesta quinta-feira (1), primeiro dia da transição, pelo menos 100 pacientes assistidos em três áreas da saúde, o equivalente a 13% das 22 previstas para a unidade pelo governo do Estado.
De acordo com o gerente administrativo do AME, Vilmar Medeiros, as três especialidades oferecidas neste momento são oftalmologia, dermatologia e otorrinolaringologia. Segundo ele, o aumento da oferta será gradativo e a expectativa é triplicar a quantidade até dezembro, enquanto que as 22 efetivamente previstas pelo governo devem ser atingidas até fim do primeiro semestre de 2021.
“Agora é hora de começar devagar para testar fluxos de recepção, atendimentos, informática. Hoje deu tudo certo e vai crescendo gradativamente. Um erro na saúde pode gerar descontentamento”, frisou Medeiros. Segundo ele, em outubro a unidade deve contar com a especialidade de urologia, enquanto que em novembro deve ter ortopedia, iniciar exames por imagem e começar pequenas cirurgias.
A equipe começou com dois oftalmologistas, um dermatologista e um otorrino. Segundo ele, até o fim de dezembro o AME deve contar com 45 médicos e outros 170 profissionais em diversas áreas, incluindo técnicos de enfermagem, enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas.
Aumento progressivo
À época em que anunciou a transição de atendimentos, o Estado indicou que as 22 especialidades deveriam ser alcançadas ainda neste ano, mas isso não vai ocorrer, de acordo com o gerente.
“O atendimento de todas deve ser entre maio e junho”, afirma Vilmar. De acordo com ele, pelo menos 100 pacientes foram contabilizados até 17h30 desta quinta, entre moradores de Campinas e outras cidades da Região Metropolitana (RMC) que tiveram os agendamentos realizados pelo município de residência, por meio da Central de Regulação e Oferta de Serviços de Saúde (Cross).
O Estado garante que o ambulatório terá capacidade de realizar mensalmente 7 mil consultas, 1 mil exames e 300 cirurgias de menor complexidade, mas a projeção de Medeiros é que a unidade alcance a média mensal de 5 mil procedimentos até dezembro e, posteriormente, aumente a quantidade.
Entre as outras especialidades previstas pelo governo estão anestesiologia, vascular, anestesiologia, mastologia, cirurgia plástica e geral, enfermagem, fisioterapia, psicologia, nutrição e terapia ocupacional.
Apoio pós-Covid
De acordo com Medeiros, a expectativa é de que a unidade ofereça, a partir de novembro, atendimentos para pacientes que já receberam alta para Covid-19, mas ainda precisem de apoio. “Atender alguma dificuldade respiratória ou caso precise de fisioterapia. Ao longo do tempo vamos implementar e disponibilizar as vagas pela DRS [Diretoria Regional de Saúde]”, destacou o gerente.
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By Ellena Gomes

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