Covas afirma que ‘violência contra mulher é inaceitável’ após seu vice ser acusado de ter ameaçado a esposa em 2011


Mulher do vereador e candidato a vice Ricardo Nunes (PMDB) registrou boletim de ocorrência por violência doméstica, ameaça e injúria. Para prefeito, casal diz que foi apenas um desentendimento. Bruno Covas durante campanha eleitoral
Tatiana Santiago/G1
O candidato Bruno Covas (PSDB) afirmou nesta sexta-feira (16) que a violência contra a mulher é inaceitável. A declaração foi feita após ser questionado sobre o seu vice, o vereador Ricardo Nunes (MDB), que foi acusado de violência doméstica, ameaça e injúria pela esposa em 2011. O caso foi revelado pela “Folha de S. Paulo” nesta sexta-feira (16).
“Primeiro, queria enfatizar que não sou daqueles, como vi alguns candidatos dizendo, que acha que o poder público não precisa intervir em caso de violência doméstica”, referindo-se ao candidato Márcio França (PSB), que durante sua campanha ao governo do estado, em 2018, mencionou que a polícia não iria atuar em briga de casais.
“É inaceitável qualquer tipo de violência, é inaceitável a violência contra a mulher. A Prefeitura tem tido um trabalho forte e frequente, inclusive pra poder dar acesso ao mercado de trabalho para que possam romper o vínculo financeiro que, muitas vezes, elas têm com o agressor”, disse o prefeito.
Apesar do registro de boletim de ocorrência de Regina Carvolane contra o vereador na 6ª Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, Covas disse que fica tranquilo, pois viu declarações do casal dizendo que foi apenas um desentendimento.
“Esse é um caso a ser respondido tanto pelo Ricardo quanto pela esposa dele, o que vi hoje foram a gravação de alguns vídeos e manifestações dizendo que nada aconteceu a não ser um desentendimento do casal, então, fico tranquilo em relação a isso”, declarou.
De acordo com a reportagem da Folha, o vereador fazia ameaças à mulher e a ofendia com palavrões. Publicações em redes sociais, feitas cinco anos atrás, relatavam brigas por pensão alimentícia e ela afirmava que tinha provas que sofreu agressões. O vereador também negou ter agredido a esposa. O casal disse que os boletins foram registrados em um período de mágoas e exaltação.
Três meses após o registro do boletim de ocorrência, Nunes também registrou um BO por lesão corporal contra a mulher.
Agenda eleitoral
Covas visitou uma unidade do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) – Álcool e Drogas da Vila Leopoldina, na Zona Oeste da cidade. O compromisso constava tanto na agenda de campanha eleitoral como na agenda de prefeito.
No local, ele prometeu ampliar de 95 unidades para 100 até o fim do ano e continuar a expansão em 2021, caso seja reeleito.
Sobre a Cracolândia, ele disse que vai continuar com um programa multissetorial que engloba assistência social, educação, segurança, saúde e desenvolvimento econômico.
Mais cedo, ele se reuniu com procuradores na Associação dos Procuradores do Município, onde fez um balanço de governo e falou de projetos futuros.
Bruno Covas durante campanha eleitoral
Tatiana Santiago/G1
Pesquisa Ibope
A pesquisa Ibope, divulgada nesta quinta-feira (15), apontou empate técnico entre os candidatos Celso Russomano (Republicanos) e Bruno Covas (PSDB) na corrida eleitoral à Prefeitura de São Paulo. O tucano disse ter ficado “muito feliz” com o resultado.
Enquanto Russomano aparece com 25% das intenções de voto, Covas está com 22%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou a menos.
“A pesquisa deixa a gente muito feliz, a gente recebe o número com muita humildade, mas vamos persistir. A estratégia adotada pela campanha foi de focar nos temas da cidade de São Paulo, falar sobre os desafios que nós enfrentamos nos últimos 4 anos e nos desafios que nós teremos pelos próximos quatro”, disse.
O atual prefeito diz que vai evitar nacionalizar a campanha e procurar discutir assuntos locais, de interesse da população. O candidato Celso Russomano é apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.
“Vamos evitar a nacionalização da campanha, evitar fazer dessa eleição o terceiro turno de 2018”, argumentou.
Quando questionado sobre resultado da pesquisa sobre a volta às aulas que aponta que 81% dos entrevistados são contra a volta às aulas na cidade de São Paulo neste ano, Covas disse que está seguindo a orientação da Vigilância Sanitária.
“Foi essa orientação que determinou a suspensão e é essa é a orientação que vai determinar qual o momento e de que forma nós teremos a volta às aulas. Lembrando que o Conselho Municipal de Educação já determinou que, se autorizado para esse ano, ele será facultativo. Os pais vão poder escolher se os filhos voltam às aulas presenciais neste ano.”
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By Midia ABC

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