Nanopartículas de óleo de cozinha têm potencial para combater colesterol, diz estudo da Unicamp


Fitoesteróis retirados do óleo são absorvidos pelo organismo no lugar do colesterol. Nanopartículas desenvolvidas no estudo podem ser usadas em iogurtes e sachês para consumo. Pesquisadoras da Unicamp desenvolvem nanopartículas que ajudam no controle do colesterol
Nanopartículas feitas de substâncias encontradas em óleo de soja têm potencial para combater o colesterol causador de doenças cardíacas, segundo uma pesquisa de doutorado da Unicamp, em Campinas (SP). Os compostos, chamados fitoesteróis, podem ser absorvidos pelo organismo no lugar do colesterol.
Esterois vegetais, os fitoesteróis competem com o esterol de origem animal, o colesterol, no momento da absorção. A nanopartícula desenvolvida pela pesquisa é 80 mil vezes menor que um fio de cabelo e, segundo a universidade, pode ser usada como ingrediente para iogurtes e sachês.
A pesquisa de doutorado foi produzida pela química de alimentos Valeria da Silva Santos, sob orientação das professoras Maria Helena Andrade Santana, da Faculdade de Engenharia Química (FEQ), e Ana Paula Badan Ribeiro, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA).
“No nosso organismo, ocorre, então, uma competição. Os fitoesteróis são consumidos preferencialmente, reduzindo então a absorção de colesterol pelo organismo”, explica Ana Paula Badan RIbeiro.
A pesquisadora afirma que os fitoesteróis já estão presentes na alimentação humana, mas em quantidade pequena. Com o desenvolvimento de iogurtes e sachês ricos nestes compostos, a absorção é maior.
O iogurte de 200 ml produzido por uma startup ligada à Unicamp tem a mesma quantidade de fitoesterol que 120 maçãs ou 340 tomates. “Esses componentes são naturais”, completa a pesquisadora.
Pesquisa da Unicamp usa nanopartícula para controlar colesterol
Reprodução/EPTV
“O que a nossa tecnologia faz é proteger esse fitoesterol em alta concentração dentro dessa nanogota de óleo que pode ser obtida em óleo de cozinha”.
Os ingredientes já foram testados em laboratório e animais. A próxima fase é ser publicada em revista científica.
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By Midia ABC

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