Corpo foi velado na Biblioteca Municipal “Vítor Lima Barreto”, da cidade. Jornalista ficou reconhecido por ser um dos primeiros do país a se dedicar a questões ambientais e indígenas. O corpo do jornalista Washington Novaes foi enterrado no Cemitério da Saudade em Vargem Grande do Sul
Arquivo/Prefeitura/TV Anhanguera
O corpo do jornalista Washington Novaes, que faleceu após passar por uma cirurgia para a retirada de um tumor no intestino, em Aparecida de Goiânia (GO), foi enterrado por volta das 17h desta quarta-feira (26), em Vargem Grande do Sul (SP).
Nascido no interior de São Paulo, o jornalista tinha 86 anos e morava há quase 40 em Goiânia. Ele deixou esposa, quatro filhos e sete netos.
Velório com homenagens
Corpo do jornalista Washington Novaes é velado em Vargem Grande do Sul (SP)
Gazeta de Vargem Grande
O jornalista foi velado das 13h às 17h, na Biblioteca Municipal “Vítor Lima Barreto”, por amigos, familiares e o público em geral. A Guarda Civil Municipal fez o controle do fluxo de pessoas para evitar aglomerações por conta da pandemia do novo coronavírus.
Segundo a família, a escolha de sepultar Novaes em Vargem Grande do Sul foi feita para que todos os parentes pudessem se despedir.
Por volta das 17h20, o corpo foi levado em cortejo de carros até o Cemitério da Saudade na cidade, onde família e amigos se despediram do jornalista.
Jornalista Washington Novaes é enterrado em Vargem Grande do Sul
Arquivo/TV Anhanguera
Retirada de tumor
Aos 86 anos, o jornalista Washington Novaes morreu na noite de segunda-feira (24), após passar por uma cirurgia para a retirada de um tumor no intestino, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A informação foi dada pelo filho dele, o cineasta Pedro Novaes.
Novaes descobriu o tumor em março deste ano. De acordo com Pedro, o tratamento era apenas cirúrgico. Por isso, o pai foi operado na última quinta-feira (20) e estava na internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde então.
No domingo (23), o quadro dele se agravou devido a uma infecção decorrente da cirurgia e a um problema no fígado.
“Que a gente possa se lembrar dele como essa referência, tanto como pai quanto como jornalista: absurdamente generoso e indignado. E que o exemplo dele nos ajude a superar essa tragédia política, sanitária, ambiental e social que estamos vivendo”, escreveu o filho.
Washington Novaes e indígenas durante projeto
Arquivo/TV Anhanguera
Trajetória consagrada
Novaes foi editor do Globo Repórter e do Jornal Nacional. Ele foi um dos primeiros jornalistas do país a se dedicar a questões ambientais e indígenas, tendo produzido documentários e lançado livros sobre os temas.
Nesse setor, recebeu diversos prêmios, como o Esso especial de Ecologia e Meio Ambiente (1992) e o Professor Azevedo Netto (2004).
Além da carreira na comunicação, Washington também foi secretário de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia do Distrito Federal entre 1991 e 1992. Ele ainda foi presidente de honra do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental de Goiás (Fica), realizado na cidade de Goiás.
Jornalista Washington Novaes
Arquivo/TV Anhanguera
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