Cargas foram apreendidas na Zona Leste da capital e na Rodovia Dutra. Presos disseram que remédios foram desviados de duas UBS e um hospital municipal, mas Prefeitura de SP não registrou furto nas unidades. Polícia investiga a origem de remédios apreendidos com duas mulheres na Dutra
A Polícia Civil de São Paulo apura a possibilidade de medicamentos de hospitais da capital paulista terem sido furtados ou desviados para venda. Em duas situações diferentes, nos últimos dias, foram apreendidas cargas de remédios desviados de unidades de saúde municipais.
Nesta quinta-feira (27), um homem foi preso em flagrante na Avenida Assis Ribeiro, na Zona Leste de São Paulo, em uma van com uma carga de medicamentos que podem ser roubados.
A investigação suspeita que os medicamentos possam ter sido furtados em uma unidade básica de saúde (UBS) na Vila Matilde, também na Zona Leste da cidade.
Há dois dias, a Polícia Rodoviária Federal prendeu, em um ônibus na Rodovia Presidente Dutra, em Lavrinhas, no Vale do Paraíba, prendeu duas mulheres com 32 tipos de medicamentos, entre eles, antidepressivos, para o tratamento de ansiedade, de esquizofrenia, alucinações e de convulsões, todos controlados.
Comprimidos são apreendidos na Rodovia Presidente Dutra
Divulgação
Na carga havia também antibióticos, anti-inflamatório e analgésicos. Os remédios tinham tarjas no rótulo alertando que as embalagens eram de uso hospitalar, com venda proibida no comércio.
As duas presas, mãe e filha, embarcaram no Terminal Rodoviário do Tietê e disseram que levariam os medicamentos para uma clinica particular em Seropédica, no Rio de Janeiro.
Para a polícias, as mulheres disseram que foram pagas para o transporte da carga, que não tinha nota fiscal. Segundo as presas relataram, além da UBS da Vila Matilde, os medicamentos foram furtados da UBS Juscelino Kubistchek, na região de Guaianases, na Zona Sul da capital, e do hospital Sorocabana, na Lapa, na Zona Oeste da cidade.
As delegacias de polícia que atuam nos bairros onde ficam as unidades de saúde não registraram, em 2020, registros de medicamentos.
A Prefeitura de São Paulo informou que também não registrou furtos nas unidades municipais de saúde que as mulheres indicaram, mas que vai colaborar com as investigações.
Mãe e filha são detidas com nove mil comprimidos de remédios controlados da rede municipal
Polícia Civil apura desvio de medicamentos de hospitais e unidades de saúde de SP
