A Polícia Civil do Rio de Janeiro está em busca do bicheiro Bernardo Bello em uma operação realizada nesta quinta-feira (7). Ele é suspeito de ordenar o assassinato do advogado Carlos Daniel Ferreira Dias em maio de 2022.
Bernardo Bello é reconhecido como um dos principais nomes do jogo do bicho e das máquinas caça-níquel no Rio, de acordo com relatos de sua ex-cunhada, Shanna Garcia, e sua mãe, Sabrina Garcia, no documentário “Vale o Escrito”, da Globoplay. No entanto, Bernardo nega qualquer envolvimento com a contravenção.
O bicheiro alega ter acumulado sua riqueza por meio de negociações de compra e venda de carros, além de ser empresário no ramo de eventos. Ele descreve sua vida como confortável, com uma boa casa, conforme mencionado no documentário.
A relação de Bernardo com a família Garcia começou com seu casamento com Tamara Garcia, com quem tem um filho. Após a morte de Maninho, pai das gêmeas Shanna e Tamara, Bernardo assumiu os negócios do sogro, conforme relatado no documentário. Shanna e Sabrina afirmam que Bernardo tomou o controle dos negócios de Bid Garcia, irmão de Maninho, à força.
Em relação à morte de Mirinho Garcia, filho mais novo de Maninho e Sabrina, Bernardo teve seu nome associado ao caso. Shanna chegou a acusar o ex-cunhado na porta da delegacia, enquanto Sabrina afirma que a morte ocorreu após Mirinho começar a questionar as finanças da empresa da família. No entanto, Bernardo nega qualquer participação no assassinato de Mirinho, que foi morto após ser sequestrado na saída de uma academia no Rio, em abril de 2017.
Bernardo já foi preso pela Interpol na Colômbia, acusado de matar Bid Garcia, tio de Shanna e Tamara, durante o Carnaval de 2020. Após ser libertado, ele teve 48 horas para se apresentar às autoridades brasileiras e se tornou réu no processo em 2022. Sua prisão na Colômbia ocorreu durante uma viagem de volta de Dubai, com receios de fuga para evitar as acusações.
Além disso, Bernardo foi alvo de busca e apreensão em sua mansão na Barra, durante as investigações de um atentado contra Shanna Garcia em 2019, onde ela foi baleada no braço por uma pessoa encapuzada em um shopping fluminense.
